Capítulo 2

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Ao olhar para o campo de batalha Cesar via a neve branca cheia de lagos de sangue e corpos decapitados e feridos jogados no meio do campo de batalha - houve morte de ambos os lados. Os soldados do General estavam avançando cada vez mais e em pouco tempo estariam chegando nos portões da aldeia.

O pai de Cesar que era o general das linhas de frente tinha que tomar alguma providência para parar o avanço inimigo.Tentaram construir trincheiras para barrar os soldados de Alexandre, mas eles tinham um grande números de soldados e melhor artilharia. Eram muito soldados de Alexandre para poucos guardas da aldeia.

Cesar ainda estava focado em seus inimigos, mas estava suando muito vendo o rápido e progressivo avanço dos soldados alexandrinos.

Faltando menos de 20 metros para que Alexandre e seus soldados chegassem nas muralhas da aldeia. Ao ver a proximidade dos soldados de Alexandre, o pai de Cesar correu até os soldados decapitando-os e matando-os com o objetivo de matar o general. De repente uma flecha soltada pelo próprio Alexandre acertou o no meio do peito do pai de Cesar, que caiu batendo a cabeça no chão, fazendo um lago de sangue em volta de sua cabeça.

A fúria do lobo estava apenas começando.

Cesar ao ver a cena soltou o arco, pulou do muro de 4 metros armotecendo sua queda com a neve e correu em direção de seu pai adotivo. Tinha 5 soldados entre ele e seu pai ferido. Com a fúria em seus olhos desbanhou a espada decapitando o primeiro fazendo um chafariz de sangue em seu pescoço. Retirou as facas do bolso e arremessou matando o segundo e o terceiro soldado. O quarto soldado estava destraido e era uma presa facil e então Cesar o decapitou. Cesar vio no olhar do quinto soldado medo e este segurava a espada tremendo, e então Cesar enfiou a espada em sua barriga, girou e retirou - saindo tripas e pedaços do intestino.

A única visão de Cesar agora era seu pai ferido. Chegou ao lado de seu pai mediu o puso dele, estava batendo - um sentimento de esperança nasceu em Cesar, mas ele não sabia que seria por pouco tempo.

Colocando seu pai nas costas Cesar correu para o curandeiro da vida. Precisava ser mais rápido do que nunca foi, ele tinha a dívida com seu pai por ter lhe adotado quando era apenas um bebê. Lagrimas saíram do olho de Cesar.

Chegou no curandeiro da vila. Cesar falou com a voz trêmula:

-- Salve ele por favor, ele é tudo que tenho - lágrimas molharam sua roupa.

O curandeiro pegou o pai de Cesar e o colocou em uma cama feita de pedras com um colchão de lã. O curandeiro gentilmente pediu para que Cesae saisse para que pudesse examinar o paciente. Cesar foi até uma pequena sala ao lado do consultório, onde ficou de coração na boca esperando notícias de seu pai.

Depois de alguns minutos o médico chamou Cesar -mas para o garoto foram horas, ou até, mesmo uma eternidade- e disse:

--Seu pai pediu que eu chamasse você, ele quer ter uma conversa- Cesar apenas concordou com a cabeça

Cesar se aproximou lentamente de seu pai, mas antes que pudesse falar qualquer coisa o velho homem disse:

-- Cesar estou em meus últimos minutos, antes de partir tenho uma coisa para te contar- Cada vez mais a voz do homem enfraquecida demonstrando o aproximamento da morte.

-- Não pai, não diga, isso você ficará bem e logo logo voltara para casa- Cesar soluçava enquanto pronunciava mentiras, que ele sabia que eram verdades mas que não queria acreditar.

-- Não seja besta, olhe meu estado, pare de ser tão otimista e começe a ser um pouco realista.

-- Eu ainda creio que o Senhor ficara bem.

-- A partir de agora eu vou falar e o senhorzinho não ira me interromper, entendeu?

-- Sim

-- De baixo do colchão de minha cama tem uma carta, você irá le-la e ira fazer o que esta pedindo nela -um pequeno sorrisso apareceu no rosto do homem- Não fique surpreso uma hora ou outra você iria saber da verdade.

-- Tudo bem pai

-- Fique bem meu filho - e essas foram suas ultimas palavras.

Cesar fechou seus olhos e avisou ao curandeiro sobre a morte de seu pai e a partir de agora sua obrigação era conseguir um enterro digno para a pessoa que lhe deu a esperança de viver. Ficou ao lado de seu pai por horas.

Ao sair do curandeiro percebeu que a luta já tinha acabado, os soldados da vila ajudavam os aldeões feridos e recolhiam os corpos dos soldados alexandrinos e de seus amigos e conhecidos. Disseram que por algum motivo Alexandre deu sinal de retirada para seus soldados após a saída de Cesar do campo de batalha.

Na madrugada seguinte, antes do sol nascer Cesar já tinha ido a floreta e feito uma cova a seu pai perto de uma árvore que quando criança ele seu pai escalavam - lembranças rodearam a mente de Cesar e seus olhos encheram de lágrimas. Pegou cuidadosamente o corpo de seu pai e colocou dentro da cova, junto a seu pai colocou a espada de seu pai -que estava ainda cheia de sangue das lutas do último dia- e uma caixa de moedas de pratas a quem seu pai nunca deixará ele pegar. Olhou o corpo de seu até o sol amanhecer e então voltou a vila.

Indo para vila Cesar andanva cabisbaixo só pensava nos momentos em que com seu pai, das brincadeiras, dos treinos de espada, das brigas e principalmente da última conversa que teve. Cesar não teve coragem e principalmente vontade de ir ao quarto de seu pai, onde ainda estava tudo do jeito que seu pai deixou antes da morte.Depois de semanas Cesar já estava mais calmo e então entrou no quarto de seu pai, onde estava preparado para as lembranças que viriam em sua cabeça e das tais reviravoltas que seu pai tinha mencionado.

Coisas incriveis seriam descobertas por Cesar e será que o garoto estava pronto para telas em seu conhecimento?

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⏰ Última atualização: May 18, 2015 ⏰

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