Black Thongkham
Montei em minha moto, coloquei o capacete e acelerei saindo daquela garagem. O vento gelado batia contra o capacete, eu acelerei. Estacionei atrás da faculdade e desci.
Aonde ele está?
Eu não devia estar aqui.
— White? —um garoto me chama, ele caminhou na minha direção e sorriu. Ele era um pouco mais baixo que eu, pude notar quando ele parou na minha frente, ele não era da faculdade, usava a farda escolar, seus cabelos eram liso, ele tinha um sorriso muito bonito, ele é muito bonito. Ele me olhou dos pés a cabeça. — Você está estranho.
Eu o olho confuso, mas agradeço por não estar com minhas tatuagens amostras.
E agora?
— Por que?
— Nada, só que suas roupas estão diferentes —ele responde. — Você colocou outro brinco?
Merda!
— Ãn é falso.
— Eu preciso ir ou vou me atrasar, te vejo depois —o garoto corre até outro grupo de garotos fardados.
Mas que porra é essa?
— Black? —White desce do carro e corre até mim. — Eu te disse pra vir de carro, não era para ele ter te visto.
— Quem é ele?
— Porschay —ele responde soltando um suspiro. — Somos amigos, ele está no terceiro ano.
— Hum.
— Não faz essa cara —ele resmunga cruzando os braços. — Ele é uma criança, nem pense nisso, ele não tem essa maldade que você e os outros tem, ele é inocente, não sabe nada sobre esse mundo que nascemos.
Eu levanto a mão em rendição.
— Preciso da sua ajuda.
— Eu sei —ele se encosta na minha moto. — Mas não vou poder te ajudar dessa vez, eu prometi a mamãe que nunca mais trocaria de vida com você, nem por um dia.
— Isso foi há dez anos.
— Não importa, Black, não vou mais fazer isso —ele responde fechando os olhos. — Por que?
— Tem um grupo que eu preciso matar, mas nosso pai não deixa.
— Não posso fazer isso —ele suspira.
— White, sou seu irmão, eles vão me matar se eu não os matar primeiro, se eles descobrirem que somos gêmeos, ou pior, acharem que você é eu. White, não quero você morto e o papai não me deixa fazer isso.
— E o que eu posso fazer? —ele questiona irritado. — Nada, absolutamente nada.
— Por favor, White.
— Black —ele suspira. — Eu vou me arrepender disso.
— Uma semana.
— Somente uma semana —ele reafirma, respira fundo e abaixa a cabeça. — Como vamos fazer? As suas tatuagens, brincos.
— Eu tiro e coloco só os que você usa, ninguém vai reparar tanto, a gente coloca tatuagens temporárias em você, e você pode comprar brincos falsos.
— Tenho uma idéia melhor, vou furar a orelha, aparecer em casa com outros brincos, nossa mãe vai ver e não teremos problemas —ele revira os olhos e cruza os braços — Estava pensando em furar mesmo.
— White, obrigado.
— Só toma cuidado —ele sorri. — Vou te passar o nome de quem vai precisar saber, se esquecer algo vou ter anotado em um caderno na minha gaveta, qualquer coisa só me manda mensagem. Faça o mesmo, vou precisar saber quem são seus amigos e quem são só pessoas.
— Tudo bem.
— Aliás, segura um pouco sua boca, eu não costumo falar tantos palavrões, só quando estou irritado ou nervoso —ele avisa pegando o celular. — Preciso ir para a aula, até amanhã.
— Até amanhã.
Isso, primeiro passo já foi dado.
Eu montei em minha moto, acelerei e arranquei com tudo, pude ver White negando pelo espelho. Estacionei em frente a minha casa e desci. Ao entrar vi a primeira família Theerapanyakul na sala.
— Aonde esteve, Black? —meu pai questiona sem trazer seu olhar para mim. O velho nem precisou olhar, deve ter sido avisado. — Black, te fiz uma pergunta.
— E eu decidi a ignorar —eu respondo seguindo até as escadas. — Sabe que nunca te dei satisfação de nada que eu faço, não vai ser agora que vou ficar te dando satisfação dos meus passos.
Eu passei pela Daw que ficou confusa ao notar que eu colocava meus capuz. Normalmente eu a cumprimento, mesmo ela não sendo minha mãe e eu não gostando dela, eu não posso a tratar mal, além que ela não tem culpa do meu pai ter largado minha mãe, ele sempre fica muito irritado quando eu sou rude com ela.
Normalmente eu estaria fora de casa, mas meu pai agora deu para ficar colocando guardas na minha cola, o tempo todo, então é melhor ficar em casa do que ficar saindo e depois ouvindo sermão do velho.
Eu não desci em momento algum para falar com a primeira família, eu não sou o mais sociável, na verdade não gosto de companhias ou de outras pessoas. Meu irmão deve ser uma das poucas pessoas com quem ainda me importo, o resto só não matei porque não posso. Meu pai mesmo sendo um velho chato me ama, se importa e faz oque faz para me proteger.
Talvez eu seja um pouco ingrato ou talvez só um jovem de mal com a vida.
Ouvi batidas em minha porta, me levantei e fui a abrir.
— Senhor Black —Pen me cumprimenta. — Seu pai mandou pedir que fosse jantar.
— Traga meu jantar aqui, não vou descer hoje, quando voltar com meu jantar é só entrar.
Ele concorda e se afasta, fecho a porta e volto para minha cama. Ele logo voltou com meu jantar, deixou na minha mesa e se retirou do meu quarto.
Após jantar fui até meu closet e coloquei algumas armas na minha mochila, algumas roupas e joguei no sofá. Me arrumei para dormir e segui até a cama.
Não importa quem decidiu entrar no meu caminho, eu vou destruir.
***
O que acharam do primeiro capítulo?
Acham que isso vai dar certo?
O que acharam do Black?
Tenham uma ótima tarde!
Boa semana :)
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After -Macau and KimChay
Fiksi PenggemarO que aconteceu se irmãos gêmeos, criados cada um por um lado da família de repente trocassem de lugar para fazer um plano para salvar todos os aliados da sua família de um golpe? Black e White, garotos completamente diferentes, mas tão iguais, uma...