O adeus e eu

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A luz do dia se perde mansamente com a chegada da escuridão da noite.
Às estrelas, uma a uma, surgem na imensidão do céu.
A saudade acaricia meu triste rosto.
Em minha inocência, imaginei que pudesse te esquecer.
Ah, a saudade não me permite
esquecer...
O vento gélido, rumando do sul, toca minha pele causando-me arrepios, arrepios que não se compara com aqueles que seu toque despertaram em mim.
Ah, a saudade, invade meu íntimo da mesma forma que a noite penetra de mansinho na luz do dia, a fazendo se apagar...
Ah, a saudade, a saudade...
Apaga-me, enegrece o meu ser.
O adeus de seus lábios; lábios que tantas vezes beijei, levou minha essência, já não sou uma pequena parte do que fui um dia: Aquele adeus...
Ah, a saudade, transpassa minha alma e, a fé no amor se apaga a cada por do sol.
A noite, as estrelas e a escuridão, são tudo o que resta para meu solitário coração.
Morro a cada por do sol.
A saudade balança-me em seus braços.
Adormeço no colo da solidão.
Ah, a saudade...
Seu adeus habita em mim.

Maria Boaventura.

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