Capítulo 25 - O fim do começo

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A porta abria devagar, Dan até prepara a postura defensiva, porém...

-Persin! – Exclamaram todas.

-... – Persin aparecia e dava um suspiro pesado, indo até a maca extremamente aliviado. – Vocês não fazem ideia de como tô feliz que estejam bem.

-M-mas você está bem? – Cestiali olha para a testa de Persin e vê uma marca roxa em sua testa. – Isso na sua cabeça...

-Ah, eu caí. – O rapaz abaixa um pouco a touca para cobrir aquela parte machucada.

-Tem certeza? – Dan ergue a sobrancelha claramente duvidoso.

-Aconteceu algo? – Cestiali tentava se levantar meio bamba, conseguiu ao se apoiar na borda da maca e firmar os pés no chão.

-Bem... sim...

(...)

-Salmão o que?

-Cristal, é gostoso! – Bialy estregava um sanduíche para seu irmão provar, com recheio triplo. – Experimenta!

-Err... – Svart dá uma bocanhada no sanduíche. – Meio... cítrico...

-Sim, é ótimo!

Wookrest ficou em estado de alerta após o repentino ataque, principalmente depois de descobrirem que ele não havia sido exclusividade de lá. Pelo contrário, era alguma tramoia que os habitantes de lá não pareciam interessados em enfrentar logo depois de uma complicada reestruturação.

Cestiali e Persin se sentaram um pouco na praça daquela vila enquanto Dan catalogava algumas coisas em seu novo diário, Klen adormeceu com todo aquele caos violento que passou somado com a barriga cheia.

-Você se machucou muito? – Perguntou o rapaz.

-Ele nem encostou em mim, eu que fui imprudente e atirei sem nem sequer mirar.

-Fica tranquila quando a isso, eu mesmo demorei muito até começar a acertar meus golpes. – Persin deu uma leve risada mesmo que Cestiali não o acompanhasse no ânimo. – Está preocupada com algo?

-Com vocês... – Coçou a cabeça. – Ataques assim são normais por aqui?

-Admito que tem se intensificado, baixinha. – O rapaz fez um cafuné na cabeça dela. – Se quiser, podemos...

-Eu quero treinar! – Afirmou a menina serrando os punhos. – Eu me decidi...

-Como assim?

-Eu só... – Cestiali levanta o rosto e visualiza Wookrest. – Essas pessoas precisam de mim, né?

-Acho que sim. – O rapaz se levanta. – Neve Quente, Wookrest, Polymátia. Todas as outras.

-Outras?

-Sim, te mostrei uma vez, há muitas vilas aos arredores, algumas tão abandonadas quanto essa.

-Espero poder ajudar elas. – A mocinha se levantava também. – Eu quero ficar aqui.

-Em Wookrest?

-Não, com vocês. – Um pouco envergonhada, pôs a mão no ombro. – Acho que... essa é minha casa agora, e... conhecer meu pai e minha mãe de verdade, pode esperar um pouco.

-Uaaaaah... – Klen acordava ouvindo um pouco da conversa. – Pra que procurar eles? Nós já somos sua família!

-B-bem... – Ficou sem resposta por um tempo, mas em seguida sorriu. – Sim.

-... – Persin não teve outra reação, além de também sorrir e abraçar a menina.

(...)

Pouco tempo depois, o grupo se reunia na entrada de Wookrest. Svart e Bialy indo até sua casa, os de Neve Quente idem, e Hodesker se despedindo.

Neve Quente (Volume 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora