After -Macau and KimChay

Capítulo 4

Black Thongkham

Quatro dias, tudo oque eu consegui foi ter uma criança grudada em mim, somente isso, do contrário eu ainda não consegui matar quem eu quero. Porschay me fazia vir todos os dias após a faculdade aqui na sua casa o ver.

Hoje não sendo um dia diferente eu estava no sofá assistindo um filme enquanto Porschay deitado em meu ombro estava mais concentrado e fazer desenhos aleatório no meu peito por cima da camiseta.

Era uma tentação tenho que assumir. Se ele continuasse dessa forma não sei até quando eu ia poder controlar oque falava.

— Porschay, porra —eu solto, ele levanta uma das sobrancelhas e se afasta. — Merda.

— Você tem falado muitos palavrões ultimamente —ele ri e volta a pousar sua cabeça em meu ombro.

— Eu sei.

— O que foi? —ele questiona trazendo seu olhar a mim.

— Pare de fazer isso —eu afasto suas mãos. — Me desconcentra.

— Você tem agido de forma muito estranha —Porschay suspira, senti quando seu olhar recaiu em mim. — Você nunca ligou que eu fizesse isso, tem agido desse jeito estranho nos últimos dias.

— Eu tenho?

— Sim, você tem —ele concorda se afastando. — O que está acontecendo?

— Não tem acontecido nada.

— Não minta para mim, sabe que eu não gosto de mentiras —Porschay faz bico e olha para baixo. — Elas são cruéis e traidoras.

Eu sorri. Eu conto várias mentiras.

— Quem é você? —ele questiona se levantando.

— O que?

— Quem é você? —ele pergunta novamente, dessa vez se afastando completamente. — Não minta, você não é o White.

— Do que está falando?

— Você é qualquer um, menos o White —ele caminha para trás do sofá. Então engole em seco. — White não tem tatuagens, não anda armado e ele não é tão paranóico, não age com frieza e nem é tão distante, ele não fala tantos palavrões e nunca sorriria dessa forma enquanto eu falo isso.

Eu sorri mais ainda. Ele é esperto.

— Se eu não sou o White, você não devia ter medo de haver um estranho dentro da sua casa esse tempo todo?

Ele engole em seco.

— Q-quem é você? —ele questiona assustado, ele deu alguns passos para trás, em direção a cozinha. — Aonde está o White?

Eu caminhei na sua direção.

— White está me fazendo um favor.

Ele caminhou até a cozinha, eu o segui, ele bateu suas costas contra a bancada.

— Não chega perto —ele pede apertando a beirada da bancada. Ele estava assustado. — Não se aproxima.

— Você não estava com medo até alguns minutos.

— Isso era antes de associar as coisas e perceber que você não é o meu melhor amigo —ele responde se encolhendo mais a cada passo meu na sua direção.

— Se eu quisesse te machucar, eu garanto que já teria feito isso a muito tempo —eu paro a sua frente, eu escorei minha mão na bancada. — Não sou de deixar pra depois. Eu não machuco pessoas inocentes, puras ou bonitas como você Porschay.