The Blue Crime • {l.s}

Take care of you

-Liam, cadê o Harry?

-Ei, fala direito comigo.

-Você está bêbado, né?

-Não... Sim, como sabe?

-Porque você fica trinta mil vezes mais manhoso quando está bêbado - bufou - Cadê o Harry, Liam?

-Está no meu sofá.

-Maldito! E por que ele não responde a merda do celular? São uma da manhã e ele está sumido desde que me deixou na delegacia.

-Ficou preocupado, Lou?

-Abandone esse tom insinuativo da voz imediatamente, Malik-Payne. Passa o telefone para ele, por favor.

A chamada ficou em silêncio por alguns segundos.

-Oi, Lou.

-Você é louco? Como você some por um dia inteiro e não me avisa?

-Fiquei ocupado.

-Bebendo?

-Beber foi uma consequência.

-Você vai dormir aí?

-Não, Lou, em quinze minutos estou em casa.

-Tá. Cuidado na rua, seu idiota. E não me chame de "Lou".

Desligou o celular sem esperar por resposta. Estava enfurecido. Harry era um imbecil, some o dia inteiro, não dá notícias, não responde celular e reaparece, bêbado, no meio da madrugada. Louis iria fazer um escândalo quando ele chegasse.

Suas pernas iam de um lado para o outro, pensando na bronca que o daria quando chegasse. Enquanto esperava, aproveitou para fazer uma receita especial de suco verde que ajudava a ressaca e procurou por remédios para enjoo e dor de cabeça que aquele desgraçado com certeza iria precisar.

O interfone do apartamento tocou e rapidamente Louis o atendeu e autorizou que seu García subisse com um Harry "um pouco tonto", como o porteiro mesmo disse. Quando a campainha tocou, Louis considerou fortemente a possibilidade de atender a porta com um soco.

-Boa noite, senhor Louis! Sua encomenda chegou - disse brincalhão, sustentando Harry pela lateral de seu corpo.

-Oi, Lou - a voz calma e lenta de Harry parecia ficar em slow motion quando ele estava bêbado. Surpreendentemente, não foi raiva que Louis sentiu.

-Obrigado por trazer ele até aqui, senhor García. Daqui eu cuido, boa noite.

O moço desprendeu Harry de seus braços e se afastou, certificando-se que o patrão estava seguro com Louis e não iria cair para só então entrar no elevador e ir embora.

-Que merda você tinha na cabeça? - Louis ralhou, parados no hall da entrada.

Harry sorriu sem mostrar os dentes, o que evidenciava suas covinhas e, sem desgrudar os olhos dos de Louis, selou suas bocas, pegando o menor desprevenido, que piscou atordoado.

-Preciso de um banho, vou subir.

-Não vai não. Do jeito que você está é capaz de se afogar no vaso sanitário e eu não vou subir com você nesse estado, não te aguento.

-Mas eu preciso de um banho - choramingou.

-Tá, Harry, você vai ter a merda do seu banho - revirou os olhos e puxou o corpo alcoolizado em direção ao quarto que estava instalado.

Com um pouco de dificuldade, Louis conseguiu chegar até o banheiro. Inegavelmente, Harry era mais alto e mais pesado que ele, então um caminho de doze passos, levou vinte e quatro. Parecia que Harry não fazia questão nenhuma de se sustentar por si só, jogando totalmente seu peso em cima de Louis.