Capítulo 1

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Gregory, um garoto de 16 anos, inteligente, esperto e tímido, morava numa pacata cidade nos Estados Unidos, vivia com sua mãe que se chamava Sally, e seu padrasto abusivo, Ricardo. Os dois sempre tinham brigas, conflitos, algumas vezes o homem chegava a agredir a sua esposa durante as discussões, a casa do garoto era um verdadeiro inferno, mas pelo menos, havia sua mãe, uma mulher que sempre fora amorosa com seu filho, lhe dava todo o carinho e atenção que podia dar.
Gregory se sentia preso em um inferno extremamente quente, e a única coisa que aliviava seu calor era o colo de sua mãe, era doloroso demais para ele ver sua mãe ser agredia daquele jeito, eles já eram casados faziam 2 anos e meio.
O menino tentava fazer o máximo para se manter firme ali, pois não queria ser uma preocupação a mais para Sally, o garoto queria que ela visse que ele era forte o suficiente ao ponto de não chorar com aquilo, de não se abalar com nada. Mal sabia sua mãe que Gregory chorava por dentro, pois, tudo aquilo doía profundamente nele.
Na escola, ele era vítima de bullying, havia uma garota chamada Gabriele que vivia querendo ferrar com sua vida, ele estava no 2° ano no ensino médio.
Ela e mais uma tal de Isabela viviam o atormentando, falavam mal dele por suas costas, algumas vezes, Gabriele chegava a agredir ele, aquela garota era um monstro sem sentimentos. A garota chegou a humilhar as suas duas melhores amigas, ambas se chamavam clara e Julia. Clara falava mal dele pelas costas, junto com Gabriele e Isabela, já Julia sempre estava lá com ele independente de qualquer coisa. Na vez em que o garoto tentou cometer suicídio, ela quem conseguiu impedir que ele fizesse isso. Ela sim era sua amiga de verdade, diferente daquelas três cobras. Bem, se ele quisesse, poderia processar Gabriele, mas, suas condições financeiras não eram as melhores, portanto não adiantaria quase nada, fora o fato de que ele sofria com os atos abusivos de seu padrasto, ele tentava se distanciar o máximo possível do homem para evitar que isso acontecesse mais vezes, porém, suas tentativas eram em vão, pois, ele sempre era atacado por Ricardo.
- Se você contar isso pra sua mãe ou pra qualquer outra pessoa eu mato você e aquela vagabunda da Sally.- dizia ele após concluir seu ato.
Uma certa vez após sofrer mais um abuso de seu padrasto, ele olhou para ele e lhe perguntou:
- Por que você faz isso comigo? O que eu te fiz?
- Bem, digamos que a sua mãe não faz como você. A delícia que eu tenho aqui é só minha, só eu sei o gostinho que isso tem- disse ele passando a mão no traseiro de Gregory.
- Para! Por favor! Eu não aguento mais!
- Shhh, cala a boca! Só vai acabar quando eu quiser que acabe! Não adianta nada me pedir pra parar por que eu não vou, e se tentar escapar- nessa hora ele apertou com força o braço do garoto- já sabe não é?
Ricardo era três vezes seu tamanho, e bem mais forte, lutar fisicamente não adiantaria, tentar denunciá-lo muito menos, pois tinha medo do que poderia acontecer.
- Ricardo me solta, você tá me machucando!
- O que foi princesinha? Tá doendo?
Nessa hora, Gregory gritou com todo o seu ódio.
- ME SOLTA CARALHO!
Ricardo se surpreendeu com a atitude de Gregory. Nunca pensou que ele teria essa coragem de o encará-lo assim, daquela forma, lhe xingando com todo o seu ódio.
Em seguida, o padrasto do menino se enfureceu e lhe deu um tapa.
- VOCÊ ACHA QUE TÁ FALANDO COM QUEM EM VADIA? FICOU LOUCO?
Em seguida, iniciaram uma discussão.
- ENCOSTA A MÃO EM MIM DENOVO PRA VOCÊ VER!
- VAI FAZER O QUE? BONEQUINHA!
- VEM DESCOBRIR!
Nessa hora, Ricardo se enfureceu, ele se levantou e foi na direção de Gregory, que, imediatamente correu para a cozinha e pegou uma faca e lhe ameaçou.
- ESCUTA AQUI! SE VOCÊ ENCOSTAR ESSAS MÃOS SUJAS EM MIM DENOVO EU TE MATO, TÁ ME OUVINDO?
- Greg, calma! Abaixa essa faca!- disse Ricardo num tom mais calmo, porém, um pouco exaltado.
- E se eu não quiser?
- Abaixa!
- Não!
- ABAIXA AGORA!
Nessa hora, Ricardo saiu correndo na direção de Gregory o pegando desprevenido, colocando assim a faca que o menor possuía em seu pescoço.
- Tá se achando o corajoso né? Pois só por isso vamo pra mais uma rodada.
Ricardo lançou longe a faca de Gregory e o saiu arrastando a força para o quarto enquanto o menino gritava pedindo por ajuda. Chegando lá, ele trancou a porta, jogou seu enteado na cama e em seguida tirou suas roupas e pegou um preservativo.
- Pronta cadelinha?
- Não, sai daqui! Para!
Ricardo avançou com força no adolescente, tirando suas roupas em um movimento rápido. Em seguida, pôs o preservativo em seu membro e começou a fazer o ato enquanto seu enteado chorava e pedia por socorro já com a voz rouca.
Greg estava exausto daquilo, já sofria com isto há anos, ele não aguentava mais.
Quando encerraram a relação sexual, Ricardo deu um leve tapa no rosto de Greg lhe dizendo:
- Quem sabe assim, tu aprende a ficar quietinho, cachorrinha, safada.
Ricardo saiu do quarto levando suas roupas e dando risada da situação.
Gregory continuava a chorar enquanto abraçava o usinho de pelúcia que seu pai havia lhe dado antes de morrer, ele sofria de câncer. Depois de tomar um banho e se vestir novamente, Gregory vai até a mesa de seu quarto e abre uma caixinha, daonde tira uma foto que estava ele, seu pai e sua mãe, aquele teria sido o último piquenique deles. Greg se senta na cadeira e começa a analisar cada detalhe da foto lentamente, como sempre fazia quando estava frustrado, até que o garoto não se aguenta e começa a chorar.
- O que foi que eu fiz meu deus? O que foi que eu fiz pra merecer isso? Eu só queria ter uma vida normal como todas as crianças da minha idade têm, eu tenho certeza de que elas não precisam passar pelo tipo de coisa que eu passo com esse homem, por favor meu deus, me tire deste buraco do inferno, por favor me ajude!
Nessa hora, o garoto não se segurou e caiu aos prantos. Nessa hora, sua mãe entrou no quarto.
- O que foi meu amor?
- Não é nada mãe!
Sally percebeu que seu filho estava com a foto de seu pai.
- Vem cá!- ela disse se sentando na cama e o convidando.
O garoto se levanta e vai até ela, sentando ao seu lado, apoiando a cabeça em seu ombro.
- Eu também sinto falta dele.
" Ah mãe, se a senhora soubesse o que realmente é que! Talvez a senhora não me entenderia, mas é o que eu sinto" pensava Gregory.
- Vou te mostrar uma coisa!- Sally pega sua bolsa e tira uma pequena caixinha de dentro dela, dentro da caixa havia um cordão de ouro.
- O seu pai me deu esse cordão no nosso primeiro aniversário de namoro, eu guardo ele até hoje!
Greg analisou a jóia, era realmente muito bonita, e sua mãe continuou:
- Eu carrego ela bem pertinho de mim, pois assim me lembro dele.
Greg começou a chorar e a abraçar sua mãe. Quando se acalmou mais um pouco lhe perguntou:
- Cadê o Ricardo?
- Ele saiu, foi no bar beber com uns amigos, espero que ele pegue leve no álcool- nessa hora, a expressão de Sally mudou de feliz para preocupada - mas enfim isto não importa, vou fazer seu prato favorito para o jantar, que tal?
- Pode ser!
Sally deu um beijo na testa de seu filho e em seguida se retirou.
Para Gregory seria mais um dia normal, porém, mal sabia ele que sua vida iria mudar naquela noite.

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