PARA VOCÊ, POR VOCÊ E COM VOCÊ

Capítulo 13

Segundo diário

Decidir entre duas coisas é a pior experiência que alguém pode ter. Você precisa ver pontos positivos e negativos dos dois lados. Aconteceu que eu nunca fiquei diante de algo tão complicado de se resolver.
Eu preciso decidir entre viver o amor da minha vida e ver meus amigos morrendo e uma história toda sendo destruída, uma era de trevas se iniciando. Ou por outro lado eu me torno o novo comandante ao lado de Alexa, porém eu perco pra sempre o amor da minha vida.
De fato eu não gostaria de ter essa responsabilidade para mim. Não queria ter que tomar decisões tão complicados, ser um Comandante de uma cadeia celeste de tetores-pro é demais pra mim. Porém eu sei o que tenho que escolher. Não posso ser egoísta e destruir a vida de trilhares de seres humanos por todo o universo, apenas pelo simples fato de está apaixonado. Ly tá certo, os Comandantes Jin e More também estão. Por isso eles manipulam os tetores-pro para não se apaixonar, assim eles agem mais pela razão do que pela emoção.

Lulie vem na minha casa e eu chamo ela pra dar uma volta, subimos em uma torre bem ingrime que tem aqui na minha cidade. Pretendo me despedir dela, mas não acho que aqui em cima é um bom lugar, vai que ela se desespera e pula não é. É melhor eu falar lá em baixo.

Nós ficamos bem juntinhos lá em cima, e ao descer eu disse:

— Lulie? Preciso te falar uma coisa muito séria.

— Pode falar... Estou escutando meu bem.

— Mesmo que você não entenda ou não concorde eu vou ter que fazer isso?

— Isso o que Sam? Fala logo, tô ficando assustada.

— Eu vou voltar para o sul do Brasil...

— Não, não é possível que seja sério. Logo agora? Nós estamos tão bem. Sam, fala que está zuando, por favor.

— É sério. É que minha família toda mora lá, e eu preciso ir, vou trabalhar por lá.

—E quando você vai voltar? — ela fala com os olhos cheios de lágrimas.

— É... Eu não irei mais voltar Lulie... — respondo e a voz vacila.

— Ah não. Por que? E a nossa vida? E tudo o que você disse que ia me mostrar. As aventuras, as coisas belas da vida. Você mentiu? — ela baixa a cabeça e põe as mãos no rosto.

— Eu nã... Não menti Lulie, eu só preciso ir.

— Então por que não vai mais voltar? — ela pergunta totalmente triste e desconcertada.

— É que... Eu... Eu estou apaixonado por outra pessoa que mora lá. Na verdade, eu sempre amei ela... — infelizmente a lágrima se despede dos meus olhos e cai. Lulie me abraça.

— Por favor Sam, diz que está mentindo. Isso tá doendo muito, eu nunca vou te perdoar por isso.

— Sinto muito. Mas é ela que eu amo, e nós já tínhamos uma vida antes de você aparecer. — infelizmente tá doendo dizer todas essas mentiras. Mas ela tem que me odiar para poder prosseguir sem mim — você vai encontrar alguém que te ame de verdade...

— Você não me ama? — ela pergunta ainda abraçada comigo.

— Eu...?!