(Jimin)
—O que faz aqui? — Digo surpreso, encarando o homem ao lado de fora, junto a uma mala enorme.
—Tio mimi! — Ouço a criança que o acompanhava correr até minhas pernas, abraçando com toda a sua pequena força a altura que seu corpo atingia.
—Esse é o Yayo, meu filho e...seu sobrinho. — E o meio irmão que, eu combinei certamente de nunca nos encontrarmos e só compartilharmos as contas do hospital da mãe, resolveu aparecer na minha porta com malas e um pequeno ser feito de seu ato anticoncepcional.
—E o que eu tenho com isso? Não é um bom momento pra isso, Sungwoon. — Tento afastar a cria que não desgruda das minhas pernas, enquanto aquele mimado e certinho me olhava desesperado.
—Jimin, eu preciso que cuide do Yayo por alguns dias, tenho um voo urgente de trabalho que não pode esperar. — E finalmente ele explica aquela mala enorme ao seu lado.
—Por que não leva ele? Eu também tenho trabalho, cacete. — Digo ansioso, sussurrando na parte do palavrão para que a criança não ouvisse.
—Tio mimi, papai deixou eu trazer o Chimmy pra cá, ele é meu brinquedo preferido de toooodos os brinquedos do mundinho inteiro. — A criança pequena falava, na verdade tentava, pois suas palavras saiam erradamente na maioria do tempo.
Sua voz é bem fofa, junto ao seu gaguejo que enaltece as suas bochechas cheias e rosadas. A criança segura um bicho de pelúcia amarelo, como se fosse quebrar caso caísse ou alguém encostasse.
Ele usa uma pequena mochila lotada atrás de suas costas, completando sua roupa em tons de marrom, sendo o destaque a sua touca de ursinho, que deixa seus cabelos lisos e escuros, caídos sobre sua testa.
—Eu estou implorando, você é a minha única família na qual eu confio pra deixar o meu filho. Não sei se sabe da parte que a mãe do Yayo faleceu, quando ele só tinha meses de vida. — O homem suplica, como se realmente estivesse desesperado para partir.
—Sou sua meia família. — O corrijo, como toda vez que ele menciona essa palavra. É claro o receio que eu tenho por conta da nossa mãe, ter sido abandonado e trocado por esse cara, e ainda ter que conviver com ele, não condiz com a condição da minha saúde mental.
—Que seja, só por favor, eu preciso embarcar no voo daqui a pouco. — Ele segurou firmemente a sua mala, como se estivesse saindo e, eu não tivesse escolha em ficar ou não com a criança.
—Tá, mas vai ficar me devendo. — Digo, notando rapidamente sua curvatura agradecida. —E vê se volta inteiro, você tem no máximo uma semana.
Dou meu ponto final, o observando concordar com rapidez e carregar sua mala cheia pelo corredor do meu prédio, me deixando sozinho com a agitada criança que saltita diversas vezes em minha frente, antes de puxar a minha mão para dentro do apartamento.
—Aqui, minie, eu deixo você segurar o Chimmy, tá bom? Mas precisa cuidar bem dele. — A criança me leva até o sofá, me fazendo sentar desconfortavelmente na ponta para que alcançasse a proximidade de suas mãos.
A criança ergueu o bichinho amarelo até mim, depositando um leve beijo no topo dele antes de deixar sob os meus cuidados.
—Ele é bem importante, tá bom? E o papai disse que eu posso confiar no tio mimi pra proteger o Yayo e o Chimmy! — Ele saltitava, fazendo sua mochila chacoalhar junto a tudo que há dentro.
Segurei a pelúcia pela cintura, observando cada detalhe do bicho amarelo e cabeçudo. Então respirei fundo, olhando dessa vez a criança sorridente em minha frente, balançando o corpo para lá e para cá enquanto cruza suas mãos atrás das costas, supervisionando meus cuidados com seu brinquedo preferido.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quem Matou Min-Ji? - Jikook
FanfictionUm detetive que luta para superar traumas do passado, e um novato que decide mudar a visão traumática dele sobre amor. Jimin como o experiente de Las Vegas, é convocado em uma investigação criminal, se tornando um dos crimes mais rigorosos e inusita...