O RETORNO

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DOMINIC IRANOV

Depois de quase 5 meses fora de casa, havia chegado a hora.

A guerra foi fria e intensa. Não sabia como ia reagir ao ver meu pai me esperando todo orgulhoso dizendo que fiz o certo em matar pessoas. Mesmo sendo inimigas, ainda eram pessoas. Tinham família, tinham filhos, alguém estava esperando eles chegarem na casa. E eu ceifei essa oportunidade.

Almirante Iranov: Filho que bom que voltou. Me avisaram que a tropa chegou há 2 dias. Imaginei que ia amarelar e precisar do seu tempo. - falou em um tom de deboche

DC : Oi pai, sim, precisei de um tempo. Nem todo mundo acha normal tirar vidas apenas porque não concordam com sua opinião politica e religiosa.

A.I: Todos tem que saber respeitar a hierarquia. Não respeitou? Bala na cabeça e bomba no barraco - falou rindo

BABACA!!

Sempre quis fazer parte do exercito, porem não no mesmo lugar que  meu pai. Quero a minha honra intacta. 

Entrei no meu quarto, joguei minha mala e entrei no banheiro pra tomar um banho. Precisava disso.

... Ivanov, o que vamos fazer? Recuar?! Precisamos tomar uma decisão, senão vão nos atingir... IVANOOOOOOOV...

Acordei desesperado e percebi que já era madrugada. Estava tão cansado que sai do banho e cai na cama, dormi só de cueca. Saudade disso. 

Pesadelos. Pesadelos. Pesadelos. 

A lembrança da guerra me persegue. 

Levantei e desci até a cozinha, tomei uma agua e voltei a dormir. O dia seria cheio.

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AURORA GOMEZ

Os soldados já haviam voltado. A guerra ainda continuava, e a fria e dura espera de alguém que eu imaginava que não iria voltar. Voltar sim. Mas me abraçar não. Morte. Algo misterioso que me assombrava dia e noite.

Meu irmão tinha ido a guerra, porem quase três meses depois, um oficial bateu na nossa porta. Augusto tinha sido atingido por um  míssil que tirou a sua vida. Foi a pior noticia que eu já havia recebido em toda minha vida. Doeu. Arrancou sentimentos obscuros de dentro de mim. Mas eu precisava ser forte pela minha mãe e pelo meu pai. 

O caixão dele ainda não tinha sido liberado. Alguém precisava ir lá para assinar a liberação, e esse alguém seria eu.

Sr. Gomez: Aurora, amanhã você vai na Base Aérea assinar os papeis para liberar seu irmão? - nesse momento minha mãe começou a chorar e foi para a cozinha

A.: Sim pai, estarei cedo lá. - falei num tom firme, afinal não podia me mostrar fraca, não naquele momento.

Sr. G: Não consigo ir lá e ver a cara do superior dele que deixou ele pra morrer. ELES PRECISAM DE NÓS MAS NÃO NOS DEFENDEM. PORRA - nesse momento meus olhos enchem de lagrima e meu pai me pede desculpa, pelo jeito que se exaltou. E esta tudo bem, eu entendo ele.

APÓS UM BREVE SILENCIO, DECIDO DAR UM FINAL NO ASSUNTO.

A.: Eu preciso deitar. Amanha estarei cedo lá. Boa Noite - dou um beijo em cada um e vou para meu quarto.

BOA NOITE AUGUSTO. EU SEMPRE VOU TE AMAR.

VOCE VAI PAGAR SEGUNDO-TENENTE IRANOV. VOCÊ VAI PAGAR.

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COMO SERA ESSE ENCONTRO? 

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ALMASOnde histórias criam vida. Descubra agora