Capítulo 3 - Indulgência

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    Indagando o atraso de Juliana, a professora perguntou ao Aleksander.

-Aleksander, você viu a Juliana pelo caminho? Ela não é de se atrasar!

Sem saber, ele respondeu.

-Não professora, eu não a vi!

De repente a porta se abriu, e era a Juliana.

-Desculpe pelo atraso professora!

Ao virar-se, Aleksander perguntou a ela.

-Juliana, alguma novidade?

-Não, por quê? Assim respondeu.

-Porque você nunca foi de se atrasar, isso meio que me deixou meio que confuso.

-Não é bem uma novidade, mas vamos dizer que alguém resolveu mudar um pouco e eu tive que dar uma mãozinha.

E novamente a porta tornou-se a abrir.

Era Jéssica, agora de visual atualizado.

-Desculpe pelo atraso professora. -.-Assim se desculpou Jéssica.

Como sempre, Aleksander veio a criticar os atrasos de Jéssica.

-Jéssica, você não sabe fazer nada além de se atrasar?

Aleksander estava olhando para frente e quando olhou para trás se surpreendeu com a mudança de Jéssica. -Nossa! Mas que diferença, onde ela estava escondendo este lado feminino dela a tanto tempo?

-Se isto foi um elogio, muito obrigada! Assim ela agradeceu timidamente.

Completamente boquiaberto, ele perdeu a linha para ela facilmente.

-Eu não sabia que ela era tão linda! Gostei!

-Vejam se não é a causadora de encrenca. - Assim exclamou Sophia!

Juliana visando abaixar a poeira, aconselhou Jéssica a se conter. -Jéssica ignore-a!

- Okay! - Assim falou, buscando tentar ter um novo rumo em sua vida.

Seguidamente, a aula iniciou-se, e a professora começou a fazer as perguntas da aula passada.

-Alguém pode dar um exemplo de camuflagem?

-É quando alguém finge ser algo que não é para enganar os outros. -Indiretamente assim, Sophia tentava atingir Jéssica.

Farta de toda repreensão e críticas, Jéssica tomou iniciativa de uma forma diferente.

-Já chega! Hoje eu vim com o objetivo de mudar, não queira me tirar do sério, por favor!

-Exibida, tá querendo aparecer? - Falando alto deste jeito. – Quem ela pensa que é? – Já está voltando a ser a mesma encrenqueira de sempre – criançona. -Assim foram os comentários de terceiros.

Encorajada por si própria, Jéssica não deu o braço a torcer.

-Desta vez eu não vou fugir... Desculpem-me se por acaso eu magoei vocês com minhas brincadeiras, peço perdão de joelho se for preciso.

-Como podemos acreditar em sua palavra, como vamos saber se você não está mentindo? Desta maneira perguntou Sophia a Jéssica.

-Com licença professora, mas vou roubar um pouco do seu tempo de aula... -Jéssica sobe em uma mesa e começou a dizer as seguintes palavras: -Eu quero pedir perdão e admitir algumas coisas que fiz brincando... Aleksander Desculpe se te machuquei e te chamei de feio.

-Tudo bem! Desculpas aceitas.

-Luiz, a cola na cadeira que colou sua bermuda, fui eu que fiz isso!

Surpreso com tamanha ideia engenhosa, respondeu: -Colou bem hein!

-Marcos fui eu que mandei uma carta de amor em seu nome para a velha da cantina.

Risonho e acatando suas desculpas ele até agradeceu -Ela até que me dava uns lanches no capricho! Hahaha Eu deveria te agradecer!

-E Sophia, fui eu que disse para a sua mãe que você forçava vomito no colégio depois de cada refeição!

Com lágrimas prestes a cair dos olhos de Sophia, Ela agiu de forma inesperada.

-Ora sua, eu deveria... Deveria... Dar-te um abraço!

-Por quê? Surpresa assim ficou Jéssica.

-Graças a esta mentira, minha mãe me deu a atenção que eu não tinha, e me senti mais amada, era algo que eu realmente desejava.

Repreendendo sua atitude, a professora gritou! -Desça da mesa mocinha, acho que todos entenderam o recado!

-Que bom que tudo se resolveu, agora vocês podem ficar tranquilos porque a época que eu era atentada ficará para trás! Obrigada por acreditarem em mim!

Essas foram as sinceras e humildes palavras de Jéssica, em busca de se redimir com seus amigos de escola.

Ficou um silêncio do nada, Juliana olhou para a Jéssica e vice e versa, até que...

-Já acabou Jéssica?

Ah sim... Juliana me desculpe se eu te obriguei a ser minha amiga!

-Foi legal ser sua amiga, mas saiba que será um prazer continuar sendo a tal.

Jéssica e Juliana se abraçam e desfrutam de um novo rumo em suas vidas.


(Notas do Autor)

Escrevi este "livro" em dezembro de 2013, explicarei a razão das "aspas".

No segundo ano do segundo grau, minha professora de Sociologia, buscava montar uma peça teatral, onde houvesse uma lição de moral, não tivesse palavrões, cenas inadequadas ou violência extrema.

Devo ser sincero com vocês que no início eu tive uma grande dificuldade de completar o desenvolvimento da trama. Ainda mais que sou um grande admirador das obras de Quentin Tarantino e Stephen King.

Então busquei tentar concluir a trama introduzindo algumas inspirações que ocorreram em minha vida estudantil, só que com bem menos merda e incluí algumas referências de filmes clássicos e até mesmo memes virais.
Comentem e digam o que acharam, e falem se conseguiram identificar algumas destas referências.

Bye-Bye.

As Peripécias de JéssicaOnde histórias criam vida. Descubra agora