Ela fala que quer crime e eu sou criminoso
Ela é da Zona Sul e eu sou cria do Rodo
Ela fala que me ama, mas não me engana
Que vagabundo nato não se apaixona
Mas se for um lance é o bicho
Pode fuder comigo que eu vou fuder contigo
Tesão com perigo
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Ela sorriu pra mim! Tô feliz pra caralho!
Cheguei no baile chamando atenção de geral, difícil ver minha cara pois tô sendo procurado, não tenho paciência pra cadeia não.
── Salve. ── comprimento o maluco no toque e em seguida foi de vários.
Apresentei Athena como minha mulher, é claro. Vários veio me felicitar porquê eu tinha dito que nunca ia me apaixonar, olha eu pagando com a língua.
Me sento na minha cadeira e puxo Athena pro meu colo, beijo seu pescoço e ela continua a olhar pro nada, mania dela.
Olho na mesma direção me questionando o que ela tanto olha, uns pisca-pisca acendido. Ainda bem.
Athena pediu pra ir no banheiro e eu deixei, pedi pra budah ficar de olho nela que não negou
── Satisfação Orochi. ── Ret aparece e nois faz o toque . ── Minha mulher, Maria Júlia. Maria Júlia, Orochi; dono do morro do chapadão.
── Oi. ── ela estende a mão e eu sorrir apertando.
── Salve, essa é minha mulher, Ret, Athena! ── grito e Athena para de falar com a Budah pra se aproximar da gente.
Ela cumprimentou os dois educadamente, perguntou se podia ficar ali na grade e eu deixei.
Ret me fala os proceder com sua mulher no colo e me bate uma inveja, da pra perceber que eles se amam. Tá nítido no olho dos dois.
── Aí, budah! ── chamo a mina ── Leva um refrigerante e um suco pras minas, suco de maracujá pra Athena.
── Leva uma coca pra Maju. ── Ret pede e a mina logo sai ── Mas fala aí, parceiro. Disse que não ia se apaixonar e pá pá pá.
── Ah mano, foi amor a primeira vista. ── coço a nuca.
── Que brisa, comigo também foi, parceiro.
── O foda é que eu sou descontrolado, machuco ela sem querer.
── Tu tem que fazer ela se apaixonar por você. ── Ret explica e concordo ── Tratar ela igual rainha, aí ela vai te amar porquê tu não vai tá mais batendo nela.
── Verdade. ── reconheço o proceder.
Budah apareceu com as bebidas e Maju olhou desconfiada pro Ret, ele fez um sinal e ela começou a beber de boa.
Os olhos da Athena se encontram com os meus e ela desvia rapidão.
Ret teve que ir embora pra passar o ano novo com a família da Maria Júlia, tô pilhado também.
Bebo meu whisky e caminho até onde minha pandinha tá. Abraço sua cintura e beijo seu pescoço.
── Tá suave? ── pergunto no ouvido dela.
── Uhum. ── murmura em concordância e bebe um gole do suco ── Já vamo pra casa?
── Já quer ir? ── pergunto e ela concorda ── Poxa, em pleno natal.
── Natal!? ── ela grita e tive que rir.
── É amor, hoje é dia vinte e quatro, Natal. ──ela me analisa e seus olhos se enchem de lágrima ── Ow, sem chorar, por favor.
Beijo sua cabeça e ela morde os lábios contendo o choro.
── Vamo pra casa. ── falo sabendo que ela não tá confortável.
Os maluco ficou surpreso porquê em festa assim, eu fico até amanhecer, mas tô casado e minha mulher que manda.
Athena dormiu no meio do caminho, chegamos em casa e eu peguei ela no colo deitando ela na cama. Minha pandinha dormiu igual um neném, ela é minha neném.
Beijo sua boca rapidamente e sorrir feliz. Finalmente encontrei minha mulher.
Deu meia noite e eu gravei os fogos de artifício, vou mostrar pra ela amanhã. Passei um perfume e fui pro meu baile né, não posso faltar.
── Fala tu, pensei que não ia aparecer. ── BG fala e nois se abraça.
── Fui no morro do Ret com minha mulher.
── Pô, cadê ela? ── ele pergunta.
── Tá dormindo.
── Aí veio atrás das putas é?
── Não, tô suave com ela. ── explico e ele concorda.
Fiquei bem suave, bebi só ao ponto de ver tudo meio embaçado, logo fui pra casa quando era cinco da manhã. Só quero minha parda.
Chego em casa morto, Athena dorme lindamente e apenas tirei minha blusa e bermuda me deitando do lado dela, agora que percebo a luz acesa, ela deve ter acordado e acendido.
Abraço seu corpo e escuto seu suspiro baixinho, a viro de frente pra mim e fico a encarando.
