Oito : Nicholas

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Nicholas...

Só bastam dois copos de cerveja para Alyssa desmaiar na mesa. Eu disse que ela não aguentaria, agora me arrependo, não deveria ter provocando-a.

Brian também estava bêbado em minha frente, mas diferente dela, ele pelo menos podia andar sozinho.

- Acho melhor levá-la para estalagem. -disse Brian levantando-se.

- Brian, o senhor está bêbado. Acho melhor eu levá-la, sua carruagem o espera.

Ele a conhecia desde a infância,e não tinha certeza de minhas intenções, sabia que ainda não confiava plenamente em mim. Entretanto, para minha surpresa ele diz:

- Não tente tirar proveito do estado dela, você pode acabar em perigo se algo acontecer com ela. -por incrível que pareça, aquilo soou como um aviso não como uma ameaça.

Brian saiu e entrou em sua carruagem. Olhei para a garota novamente.

- Senhorita Alyssa? Consegue se levantar? -nenhuma resposta, talvez ela não esteja nem me ouvindo.

Ela levanta a cabeça de repente e olha para mim.

- O senhor pode me trazer mais um copo de cerveja, por favor? -logo depois, tenta voltar sua cabeça para mesa quase batendo contra ela. Rapidamente, ponho minha mão para aliviar o impacto.

- O que acha que eu sou? Um atendente?- a jovem balança a cabeça concordando, algo que me tira uma risada. - consegue andar?

Alyssa tenta se levantar, no entanto desagrada seu corpo que protesta derrubando-a, ainda bem que, graças aos meus excelentes reflexos, ela não caiu.

Agora a garota estava em frente a mim, minha mão a segurava pela cintura. Seus olhos verdes tinham uma cor diferente do habitual, eram mais vivos. Seu cabelo, algo realmente bem diferente pois eram acinzentados, estavam presos em um coque, alguns apenas caiam sobre seu rosto, que estava mais vermelho que um tomate, devia ser efeito da bebida. Tentei separar alguns fios de seu rosto, ela era tão... O que estou pensando, afastei-a um pouco de mim.

- Vamos. Amanhã teremos que ir para Fasterfild.

- Mas, e minha bebida? -olhava para mesa, acenando, provavelmente para seu copo em cima dela.

Então saímos do lugar passando pela porta, onde havia apenas bêbados se rastejando e pessoas entrando para começar a bebedeira. Olho para a garota só meu lado e vejo-a brincando com os dedos.

- Já bebeu alguma coisa antes? Pelo menos um pouco de vinho?

- Meu pai nunca me deixou beber. Mas, escondido dele, aproveito para beber com minha melhor amiga. Tomamos uma taça de um vinho que ele recebeu do meu tio, parecia ser bem caro então só tomamos um pouco. -ela não parava mais de falar, então decidi ouvi-la e não fazer mais perguntas. - Já contei sobre Eri?

- Na verdade não, mas ouvi você mencioná-la como uma de suas amigas. -lembrei-me da ilustre cena de Alyssa citando Eri e Bela, sua égua, como amigas.

- Eri, Erica Matin seu nome. Nós somos amigasdesde quando somos crianças. Sempre fui muito sozinha, pois meus pais não tinham muito tempo para passar comigo, então Eri apareceu. Ela é filha de uma das criadas de minha casa que sempre cuidou de mim. Eu e Erica crescemos juntas e somos amigas desde então...

A jovem havia ativado o modo nem faladeira e não parava nem para respirar por um segundo, porém aquilo não era tão ruim ,visto que, pude conhecê-la um pouco mais.

- Chegamos. -anunciei quando paramos na porta da estalagem.

- Tão rápido! Nem terminei de contar minha aventura para... -tapei sua boca para não fazer mais barulho.

A Princesa CoroadaOnde histórias criam vida. Descubra agora