salvador

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- pelo o seu mesmo motivo, eu não aguentava ficar relembrando os momentos felizes com meu pai naquela casa.
Ele ficou com o tom de voz diminuindo a cada palavra. Parecia que ele tinha tirado as palavras da minha boca.
- já faz três anos que eu me mudei. Você lembra que depois que o meu pai morreu você deixou de passar as férias aqui? Por isso que você ainda não foi na minha nova casa.
Ele continuou arrumando o cabelo loiro
- exatamente, vamos la, quero saber onde e a sua casa.
Ainda bem que o bairro da Barra era bem perto de ondina. Eu fui pela avenida oceânica que era paralela ao mar, e ligava o bairro de ondina a Barra. As ruas da Barra estavam cheias de gente.
- esquerda ou direita?
- esquerda, na segunda rua.
E eu segui, quando entrei na rua vi um prédio enorme na esquina.
- e nesse prédio?
- e. Eu achei que nos nunca íamos chegar você dirige muito devagar.
Ele falou, fingindo esta decepcionado com minha possível falta de saber dirige bem.
- eu estava dirigindo a 100 km por hora, garoto!
Critiquei o comentário assustada.
- vamos ou não?
- a senhorita quem manda.
Ele falou descendo do carro e correndo, tentando escapar de mim, que corria atrás dele em direção ao prédio.
Quando entramos no prédio tinha uma moça atrás de uma bancada de mármore. A recepcionista. Pegamos o elevador para o oitavo e último andar.
- sua mãe está em casa?
- esta. Ela vai ficar feliz em finalmente ver você depois de três anos.

Salvador de almasOnde histórias criam vida. Descubra agora