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𝐀s aulas de artes eram as únicas aulas que você e Eren não eram realmente "obrigados" a formar duplas. O Senhor Maynor gostava de avaliar cada aluno individualmente e não suportava burburinhos, então as duplas eram separadas assim que os alunos pisavam dentro da classe.
Você estava em uma mesa próxima a janela enquanto Eren estava há uma ou duas cadeiras distantes. De vez em quando, você o observava esculpir a massa de barro com as mangas da blusa de moletom presas no cotovelo. De certa forma, vê-lo modelar a massa era muito mais atraente do que semanas atrás em sua mansão.
Balançando a cabeça, você tentou pensar em outra coisa e voltou para a sua massa quase intacta. Diferente de Eren, você não tinha o dom – e muito menos paciência – para essas aulas. Mas infelizmente, se você quisesse decidir o que você gostaria de cursar e tirar boas notas nas aulas do Senhor Maynor, você teria que se esforçar.
Colocando a sua cabeça para trabalhar, você decidiu que faria uma escultura simples mas que também, o professor considerasse. Pensou primeiro em fazer uma casa ou um rosto de uma pessoa, porém, desistiu na mesma hora.
Quando o sinal bateu, os alunos formaram uma fila até a pia que a classe possuía e se limparam. Mas ao contrário dos outros, você continuou na sua mesa, vasculhando na sua mente alguma ideia que fosse aceitável o suficiente para o Professor Maynor.
Com as suas mãos sujas de barro, você jogou a massa para o lado e soltou um gemido frustrado. Como os outros alunos faziam isso com tanta facilidade?
Um batuque na sua mesa fez com que você levantasse a cabeça. Eren estava apoiado no seu balcão enquanto inclinava a cabeça para o lado. Ao olhar para o resto da sala, você notou que todos os alunos e até mesmo o professor já haviam saído.
— O que você quer? — perguntou seca ao organizar a sua mesa.
— Nossa! Pega leve, foguinho — Ele riu. Você ouvir que o homem ainda tentava achar um apelido para você, fazia com que uma enorme vontade de rir se expandisse no seu corpo; mas você a segurou. — Eu só queria saber como você estava.
— Não finja que se importa, Yeager. — Lançou e foi até a pia.
— Eu não estou fingindo — Ele respondeu com o tom de voz elevado, quase como se sentisse ofendido com o seu comentário.
— Temos aulas juntos quase todo dia e você nunca perguntou como eu estava. Diga logo o que você quer antes que eu desista de te dar a minha atenção — Você terminou de lavar as mãos e se virou para o moreno, apoiando as suas mãos na pia de mármore.
— Eu percebi que você está tendo dificuldades nas aulas de artes. Gostaria de oferecer a minha humilde ajuda — Você soltou uma gargalhada involuntária e caminhou até os armários da classe para pegar os seus matérias.
