Chapter 35

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VALENTINE'S DAY

POV MIRANDA





Entro em casa com a cabeça num turbilhão de pensamentos. A ideia de Andrea me levar até a Itália me parece um convite desproporcional. logo ouço uma discussão em tom alto.

— Você só está dizendo isso porque ela te levou pras compras, Carol.

— A sua imbecilidade está te cegando, Cassidy!

— Posso saber o que está acontecendo?

Me faço presente e as duas me olham.

— Vamos ? Qual o motivo dessa discussão desnecessariamente alta? Por que estão se acusando dessa maneira?

Elas vão saindo cada uma para um lado.

— Parem agora mesmo!

Elas param e me olham.

— Sentem-se! As duas.

Elas cruzam os braços e seguem para o sofá distantes uma da outra.

Me sento na poltrona de frente pra elas.

— Por que estavam brigando?

— Essa idiota achava que você e o papai estavam ficando escondidos. E agora tá choramingando porque não é verdade.— Caroline afirma com indiferença apontando para a irmã.

— Idiota é você.— Cassidy defende e também ofende a irmã.

— Vejamos: "Idiota". Diz-se sobre pessoa que carece de inteligência, de discernimento; tolo, ignorante, estúpido.

Elas me olham e reviram os olhos.

— Nenhuma dessas palavras podem ser associadas à vocês duas. — Afirmo categórica.

— Sobre ela carecer de discernimento, eu concordo!— Caroline provoca a irmã.

— Caroline, chega!

— Podemos logo pular pra parte final da sua conclusão? — Cassidy afirma.

— Cassidy, abaixe o seu tom comigo!

Ela se cala quando a repreendo

— É isso que estão aprendendo no colégio caríssimo que eu pago para vocês? Creio que seja a hora de rever a programação acadêmica da Trinity Shool? Lembro-me vagamente de estar listado nas disciplinas mais básicas a apreciação de boas e cordiais maneiras. Não lembro da disciplina como ser hostil com os pais.

Ela parece envergonhada.

— Vocês duas vão parar com esse comportamento. Sean já alertou que vocês têm agido assim com ele também. Ele não reage, pois prefere popularidade com as duas filhas. Comigo é diferente! Eu já alertei diversas vezes que vocês duas não têm o direito de me desrespeitar. Eu as respeito e mereço reciprocidade nesse quesito.

Elas ficam em silêncio. Eu até poderia usar o artifício de que estou grávida e sensível. Que as palavras grosseiras das minhas filhas me machucam, mas não vou usar os bebês como escudo. Queria dizer que eu estou frágil com tudo que está acontecendo e que tudo tem tomado grandes proporções pra mim, de um extremo ao outro, mas não vou.

— Me desculpa, mamãe!— Cassidy afirma me olhando.

— Ótimo. Está desculpada. Dito isso, retire-se, Caroline, por favor! Preciso conversar com a sua irmã por um momento.

Preciso separá-las por um momento. Ficou claro que Cassidy tem uma espécie de "sonho" ou desejo sobre a minha relação com o pai, e também ficou claro que Caroline pensa de forma diferente. Preciso fazer algo que geralmente sempre faço: tratá-las como duas iguais e completamente diferentes.

Valentine's Day G!POnde histórias criam vida. Descubra agora