22_ Cara do golpe

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-Em nenhum lugar, oxi.

-Não mente pra mim!—Falo.

-Ela queria que a gente fosse numa festa e depois ir na casa dela já que os pais não tão em casa.—Não sei porquê isso me incomoda.

-Então vai.—Falo como se isso não mexesse comigo.

-Lógico que não, eu vou ficar aqui com você!

-Vai, Dylan. E licença.

-Licença de quê?

-De você deitado em mim.—Eu tô com raiva.

Ele saí e deita do meu lado.

-Não, Lu. Eu posso ficar aqui com você.

-Só vai, Dylan.—Não, eu não quero que ele vá, mas é lógico que ele vai na Rafaelinha.

-Vou ficar aqui, já falei.

-Ótimo, então quem vai sair sou...—Paro de falar porque sinto uma pontada, tipo uma agulha em minha barriga. Cólica.-Aí vai se fuder! QUE DESGRAÇA!—Eu grito sentindo ficar mais forte.-Que merda também! Toma no cu!

-Que isso, Luana? Sua doida. Não precisa ficar assim que não vou sair.

-Não é por isso. É que eu tô com cólica.—Falo sentindo a dor aumentar. É loucura o quão isso dói!

-Ah! Bom, então por isso mesmo vou ficar aqui. Onde ficam suas meias?—Eu dou sorriso, achei fofo.

-Fica ali.—Eu aponto para minha gaveta.

-Ótimo.—Ele pega e vem até mim.

Ele começa a colocar em meus pés com uma grande delicadeza. Ele coloca minha meia branca e em cima tem listras lgbtqiapn+.

-Brigada.

Isso não foi o suficiente, ainda sinto pontadas, como se fosse agulhas super afiadas afiando parte de baixo de minha barriga.

-Ok, e o remédio? Onde fica?

-Tá na minha mochila. Junto de meus absorventes. No bolso pequeno.

-Ok.

Ele pega minha mochila e depois de procurar por um tempo, ele acha, também pega minha garrafa de água e trás para mim. Eu coloco o comprimido na boca e depois tomo a água e engulo o remédio.

-E agora a bolsa de água quente.

Eu sorrio.-Brigada, Dy.—Tô contente por ele se preocupar comigo, mas ainda tô puta com ele.

{...}

Eu abro meus olhos e olho para o lado, vejo que Dylan não está mais aqui, o que me causa um aperto no coração. Claro que não tá, tá com a Rafaelinha.

A semana foi basicamente o Dylan grudado em mim, o que amei. Tipo, ele foi um fofo, ele tá sendo um fofo. Cara do golpe. A gente não ficou em nenhum momento, a pesar de eu ficar louca para beija-ló e querer que ele me chupe e... aí, para de se iludir. Ele fica com a Rafaela só a noite e as vezes. Quando eu estou dormindo, mas quando eu acordo ele sempre tá aqui, menos hoje pelo visto. Eu dormi a tarde, não aproveitei muito meu sábado por dormir muito, mas também é bom também.

Eu me levanto ainda com sono. Eu abro a porta do quarto e o vejo colocando um prato de macarrão na mesa.

-Ah! Você acordou... Eu fiz macarrão. Quer?—Meu coração fica batendo de um jeito diferente.

-Sim, por favor.

-Ok.—Ele vai na cozinha pega outro prato e coloca para mim.-Pronto, tá aqui.—Ele coloca na mesa.

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