No trajeto do dia a dia há uma pequena casa qual meu ônibus por vezes para em frente, não
por conta de um ponto ou motivo específico, mas em razão de um sinaleiro que se encontra próximo a ela. Desde que entrei faculdade, comecei no período noturno, comecei a reparar nessa casa, era uma casinha triste, mas vivida. Quando saía da aula por volta das 22 horas e pegava o trânsito para casa e passava por ela, as vezes por conta das luzes ligadas e as portas abertas, notava-se as sombra dos moradores e alguns móveis, como também dava pra sentir o cheiro da comida que vinha de lá já na tarde da noite.
Foram 4 anos observando essa casinha e me perguntando "quem mora ali?", "quem são?", "como são?", "o que foram?".
Nunca tive a resposta da curiosidade. Mas hoje, depois de alguns anos, sem a ver por conta dos planos do destino, passei em frente ela... As luzes haviam se apagado, as portas e janelas estavam fechadas. As plantas da fachada que antes eram vividas agora magras, faziam a vontade do vento... Não tinha sequer requisito de vida ou cuidado... E logo no portão da casa, o que dividia o público do privado, uma placa, imponente e precisa, com letras grandes e visíveis se encontrava escrito: VENDE-SE".
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Crônicas e cotidiano de um jovem de 24 anos
Non-FictionUm pequeno diário que aborda a vida e as circunstâncias numa perspectiva particular.