Quando olhei para você pela primeira vez, despi sua alma, não seu corpo.
Jonathan Dias.
Eu amo meus dias de folga, nada contra meu trabalho, eu tenho muito amor pelo o que faço, mas as vezes cansa. Deixei apenas uma mão no volante e me inclinei tentando pegar meu celular no assento do meu lado, peguei meu celular e notei ter algumas ligações perdidas, decidi mandar mensagens
Digitei enquanto o sinal continua no vermelho, tive que rir ao ver algumas mensagens, tenho uns amigos doidos que só, ouvi o som de buzina e acelerei olhando de relance para a rua e voltando minha atenção ao celular, freie com tudo ao olhar de novo para frente, mas infelizmente não consegui frear a tempo, arregalei os olhos e pisquei sem reação.
Meu Deus.
Disquei o número um tanto apressada, ao ouvir a voz tranquilizante eu suspirei.
- Oi, filha, o papai ta-
- Eu atropelei uma mulher. - Falei sem lhe dar tempo de me informar que estava ocupado. - O que eu faço?
- Você atropelou alguém? - Eu murmurei positivamente e ele soltou um lufada de ar no microfone. - Desça do carro e de toda a assistência para a pessoa, e arque com todos os danos, é sua responsabilidade, você a atropelou.
- Obrigada, papai. - Agradeci e desliguei, respirei fundo e sai do carro, já se formava uma "rodinha" entorno do meu carro e a moça no chão, caminhei um pouco incerta e me agachei. - Oi, ah... É a primeira vez que eu atropelo alguém, você poderia me dizer se quebrou seus ossos?
- Hã? - Eu travei assim que ela levantou a cabeça e fitou os meus olhos. AÍ PAPAI! Engoli seco, que olhos lindos. - eu... Eu nunca fui atropelada antes, nem nunca quebrei nenhum osso.
- Que bom. - Respondi sem saber muito bem o que dizer, ela parecia tão confusa quanto eu, disquei o número da emergência rápido, me levantei e tive que informar a rua, eu a olhava enquanto falava com o pessoal da emergência, assim que a moça me garantiu que estariam vindo eu suspirei aliviada, voltei para perto dela e apenas pedi para ela não se mexer muito já que foi isso que me aconselharam.
Pude observa-la melhor, ela estava com uma jaqueta jeans preta, uma blusa fina na cor preta uma calça jeans preta também e uns tênis branco bem gasto. Ela tem olhos azuis e cabelos castanhos que parecem serem pintados, já que a raiz aparentemente é de outra cor, a boca um pouco cheia e larga, ela também tem um nariz arrebitado e sobrancelhas grossas.
Não demorou muito para que a ambulância chegasse, eles a colocaram em uma maca, e naquele momento ela pareceu ficar agitada, a mesma olhava para os lados como se procurasse algo, eu franzi o cenho enquanto ela parecia tentar se afastar, ela realmente estava empenhada em achar seja lá o que tivesse perdido.
- Não, eu não posso ir... Preciso cuidar deles. - Aquilo me deixou confusa, será que ela tem filhos? Mas me parece tão jovem.
A situação só decaiu no exato momento em que eu vi três crianças correndo vindo na nossa direção, o paramédico tentava controlar a atropelada e eu tentava compreender. As crianças claramente tinham idades diferentes, o menino parecia ter por volta dos 12/13 a menina com os cabelos loiros provavelmente tinha 7/8 e a mais pequena que tentava alcançar os outros dois provavelmente tinha 3/4, o menino corria a toda velocidade, a menina loira parou de correr e se debruçou colocando as mãos no joelho, a outra menininha estava com quatro sacolas e parecia mais cansadinha, a criança loira ergueu a cabeça e simplesmente gritou a todos pulmões, aquela coisinha tinha um grito potente, precisei tapar os ouvidos e pude reparar que o paramédico fez o mesmo, dando tempo para que o garoto chegasse até a maca e parecesse um cão super protetor.
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Home Sweet Home ~ Hosie
RomanceLar... Lar não é somente um teto, não é apenas uma casa bem arquitetada, lar as vezes podem ser pessoas também. "Você é o meu lar"