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É impossível conversar com ela

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É impossível conversar com ela. É incrível como ela consegue transformar algo tão gostoso e tão íntimo em uma guerra em uma fração de segundos. A pior parte é perceber que toda essa birra infantil, unida ao corpo de mulher a torna ainda mais atraente. Eu só posso ter enlouquecido! Penso enquanto olho para a porta por onde acabou de passar e penso que não tenho estrutura para lidar com isso agora. Eu preciso de um tempo, esfriar a minha cabeça e pensar em uma maneira de tirar essa ideia absurda daquela cabeça dura. Portanto, saio do casebre, caminho pela grama e paro a poucos centímetros, encostando-me em uma rocha para acender um cigarro. É dona Helena, nem sempre a senhora acerta. A princípio eu até pensei, porra, e não é que deu certo, mas bastou contrariar a princesa Guerra que tudo foi pelos ares. Dou uma última tragada e jogo a bituca, apagando-a com a sola do sapato em seguida. Respiro fundo e olho para a casa. Bom, vamos enfrentar essa fera e tentar reverter a situação para não perder o final de semana por completo. Retorno a casa e vou direto para o quarto onde ela está, e adentro o cômodo sem fazer barulho. Nina está deitada de bruços na cama, de costas para mim e olhando pela janela. O detalhe é que ela nem se deu o trabalho de pôr uma roupa, então você pode imaginar a tentação do caralho que é essa visão para mim. Começo a dar alguns passos em direção da cama e subo nela devagarinho, esperando alguma reação sua, mas nada acontece. Aproximo-me mais do seu corpo e começo a fazer uma trilha preguiçosa de pequenos beijos no seu ombro. Ela suspira e eu sei que a coisa não está tão ruim assim para nós dois. Melhor assim. Penso e continuo com os meus carinhos.

— Sabe que eu só quero o seu bem, não é? — interpelo baixinho e começo a beijar as suas costas agora. Nina geme baixinho e esse som corresponde em uma parte importante do meu corpo.

— Nem vem, Ferraz! — Ela rebate e eu penso que deveria ser um tom malcriado, mas ela falhou miseravelmente.

— Nina, olha pra mim — peço. Ela se ajeita na cama, se senta cruzando as suas pernas junto ao corpo e tenta cobrir a sua nudez, olhando-me nos olhos. Ela tem lindos olhos felinos. Não é à toa que é uma fera. — Você não faz ideia do quanto é perigoso fazer esse tipo de trabalho. Eu não posso e não devo te envolver nisso.

— Tenho certeza de que se você me ensinar, eu aprendo rápido.

— Porra, Nina, você não está me ouvindo? — ralho agitado.

— Um teste, Thor. Podemos fazer um teste e se eu não passar, juro que nem toco mais nesse assunto. — E o que eu digo, porra? Por que ela simplesmente não desiste essa loucura?

— Um teste — Me pego aceitando essa loucura. Juro que a minha vontade é de esbofetear a minha própria cara até as mãos arderem. Como eu pude ceder tão rápido assim? A parte boa foi o sorriso que ela abriu para mim. — Se você não passar está fora! — Concluo com um tom firme, mas ela pula nos meus braços e me beija logo em seguida.

— Obrigada! Eu prometo que serei a sua melhor aluna, a mais aplicada e dedicada. — E eu rogo a Deus que ela falhe terminantemente. Resmungo internamente.

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