Capítulo 1

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APF: Jisung: (o/ele/dele/-o)
Minho: (o/ele/dele/-o)
T

W/CW: -

•••

— Quinze minutos, Jisung. Quinze minutos! — dizia a mulher aborrecida enquanto andava em círculos — Não tem nem um dia que nós chegamos. Como você conseguiu fazer isso?

Jisung não ousou abrir a boca, aquilo era uma cilada, não importa que resposta ele desse todas estariam erradas.

Sua mãe estava daquele jeito desde que recobrou a consciência. A indignação da mulher era evidente e nenhum pouco por menos. Ter que passar a tarde no hospital não era como nenhum dos dois esperava passar a mudança.

Finalmente o enfermeiro no fundo da sala pareceu se compadecer de Jisung e sugeriu que a mulher fosse conversar um pouco com os médicos enquanto ele terminava de conferir se estava tudo bem.

— Você parecia estar se divertindo me vendo sofrer — acusou Jisung.

— Você não tem idéia. — comentou risonho. — Sua mãe parecia estar bem preocupada.

— Ela está brava comigo, isso sim — lamentou já imaginando como seria a volta para casa.

— Talvez, você conhece ela mais do que eu — retrucou o enfermeiro. — Ela parecia mais indignada do que qualquer coisa.

Jisung preferiu não responder. Ainda sentia sua cabeça latejar pela pancada, mas aquela dor de cabeça ele não queria se preocupar.

— Mas vem cá, nem um dia, cara? — Jisung gemeu de irritação, aquele enfermeiro era muito intrometido.

— Me deixa. — O que o Han fez para se meter nisso?

— Não, agora é sério. — o enfermeiro devia achar aquela situação toda cômica, era óbvio que ele estava se divertindo com aquilo. — Me fala seu nome completo e idade.

— Minha mãe já não tinha respondido isso? — perguntou irritado.

— Já, mas eu ainda tenho que fazer essas perguntas para ver se você está realmente bem e conferir se as informações batem. — Ele duvidava muito se aquilo era realmente necessário, na opinião dele o enfermeiro estava apenas querendo se intrometer.

— Han Jisung. 17 anos.

O enfermeiro acenou, anotando as informações na prancheta.

— Vocês se mudaram recentemente para casa verde perto do mercadinho, né?

— Eu não sei se é perto de um mercadinho, mas a casa é verde sim — respondeu confuso — como você sabe disso?

— Eu não sei se você percebeu, mas aqui é uma cidade pequena, todo mundo sabe de tudo aqui, seja quem entra ou quem sai. — Jisung quase não resistiu a vontade de revirar os olhos com o sorriso do enfermeiro. — Você tem alguma condição médica? Tipo alergias, síndromes ou coisas do tipo.

— Eu sou autista. — Jisung suspirou internamente quando viu a reação do outro. Não que ele tivesse feito algo errado ou tivesse algum olhar de julgamento, apenas era cansativo ter que se explicar toda hora. — Transtorno do espectro autista, sabe? É uma deficiência que-

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