Capítulo 2

10 1 1
                                    

Estavam sentados, um ao lado do outro, na varanda com vista para o vale e seu lago cercado de montanhas. Uma manta leve os protegia do vento frio do final de tarde e uma caneca do chá recém feito por Metin, aquecia-os internamente. Aquela parada em Trabzon tinha acontecido em boa hora.

Além de belíssima, a região próxima ao mar Negro era fonte de muitas das ervas, plantas e flores que abasteciam o estoque de mestre Nureddin e tia Bahar. Clara fora incumbida, antes da viagem, de anotar e prometer a ambos que as colheria e prepararia ali mesmo na sua região de origem.

Nunca imaginara que seu amor pelas árvores e plantas, que nascera após a morte de seus pais, viria a se transformar em um meio de auxiliar as pessoas ao seu redor e, agora, ter sua independência financeira, uma vez que cada dia mais pessoas com recursos faziam questão de pagá-la pelas preciosas preparações que lhes aliviavam as dores.

Colocando suas mãos delicadas sobre as grandes e fortes do marido, sorriu ao lembrar que era ele quem a ajudava na coleta matinal da matéria prima dos remédios. Metin parecia nunca estar ocupado demais para ela.

Metin elevou uma das mãos da esposa até seus lábios e tocou-a levemente. Mas o gesto e o toque foram suficientes para fazer aquela onda elétrica perpassar todo o corpo de Clara que sorriu.

- Hoje pretendo colocar os livros em ordem. - anunciou Metin à sua companheira e amada. As encomendas continuam em alta e muitos já realizaram pelo menos a metade dos pagamentos.

- As tecelãs ficarão muito felizes com esses novos mercados para seus tecidos e tapetes, meu amor. Você é o melhor vendedor do mundo. Quem pode resistir a todos os seus encantos?

Clara sentou-se no colo do marido, pois ele deixando o copo de chá na mesa lateral, pediu a ela que o fizesse. Beijou seu pescoço, colo e, não resistindo mais, abriu os botões do colete e da blusa bordados pelas tecelãs da Capadócia.

Tocou com seus lábios os bicos já salientes dos seios grandes e redondos de Clara, enquanto seus braços sustentavam o corpo da esposa com o auxílio das pernas. Ela pediu para ficar em pé, de frente para ele, seminua da cintura para cima porque queria sentir o perfume de seus cabelos, enquanto Metin continuava seus carinhos e beijos em seus seios.

Ele quisera jogar a manta sob os ombros da esposa, para protegê-la do frio, mas Clara negara. Queria na pele o contraste entre as mãos quentes do marido e o vento. Ela sentia toda a região íntima responder ao ritmo da sucção feita po Metin e todo corpo retesar-se de prazer na direção dele.

- Vou precisar de sua ajuda com os registros minha flor mais linda. - disse Metin, olhando-a com aquela eterna admiração.

- Podemos começar agora então, respondeu Clara tentando se afastar dele, mas sendo impedida delicadamente por seu amado que, tomando-a em seus braços a levou para a cama de ambos e, tirando a própria roupa e a da esposa, amou-a demoradamente até que a lua Cheia ficasse à pino no céu.

O SULTÃO E A PRISIONEIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora