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A boate está lotada e as luzes coloridas junto a fumaça de gelo seco dificultam a minha visão, embora eu saiba exatamente onde encontrá-lo

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A boate está lotada e as luzes coloridas junto a fumaça de gelo seco dificultam a minha visão, embora eu saiba exatamente onde encontrá-lo. Maximus nunca foi um problema para nós, mesmo sendo um oponente muito forte ele sempre manteve a paz entre o morro do Gavião e a comunidade das Três Vias. É difícil acreditar que ele esteja metido nesse roubo, mas eu preciso ter a certeza. Portanto, vou para os fundos da boate onde encontro dois brutamontes guardando uma certa passagem. A boate Lux não é exatamente o ganha pão de Maximus e sim, o local perfeito para a lavagem de dinheiro dos seus negócios sujos. Com uma casa sempre cheia fica fácil manter as aparências e esse círculo. Assim ele guarda a grana limpa no banco sem problema algum.

— Não podem passar por aqui, portanto, deem meia volta! — O homem extremamente alto e corpulento diz, baixando o olhar para encarar os meus olhos.

— Avise para o Maximus que Thor está aqui e que deseja vê-lo — rosno com um tom autoritário e com um simples gesto de olhar, ele passa a ordem para o cara em pé ao seu lado. O homem tira uma chave do bolso, abre a porta e entra, voltando minutos depois.

— Por aqui, senhores. — O segurança pede se afastando, porém, eu troco olhares com a Isis e com o Corvo pedindo para ficarem alerta. No entanto, o seguimos logo atrás.

Corpos suados, muita bebida, agitação, algumas dançarinas seminuas se exibindo nas plataformas espelhadas pelo grande salão e sexo. É difícil passar entre as pessoas sem esbarrar nelas. O homem nos leva para o outro lado do salão e logo chegamos a uma escadaria metálica. Enquanto subimos os degraus avalio o espaço. Tem homens do Maximus por toda parte misturados a aglomeração de homens inconsequentes, vidrados nas mulheres que são exibidas como troféus. Logo entramos em um ambiente sofisticado, iluminado por luzes verdes e a fumaça que preenche o local com certeza não é de gelo seco. Observo as paredes cobertas por espelhos e ao invés de mesas e cadeiras, encontramos sofás redondos e sofisticados com mesinhas redondas que fazem o conjunto perfeito, além de alguns homens fumando e bebendo, enquanto desfrutam das garotas sentadas ao lado deles.

— Thor, meu grande amigo! — Maximus diz assim que me ver, afastando-se das garotas seminuas que praticamente devoravam a sua boca. — Que bons ventos o trazem aqui?

— Soube que está distribuindo o meu pó — falo com um tom áspero e eu vou direto ao ponto, e no mesmo instante os seus homens sentem o tom ameaçador e levam as mãos atrás das costas, porém, o seu chefe faz um sinal para eles se acalmarem.

— Que porra é essa, Thor? Você invade o meu espaço pessoal e me acusa de ser ladrão? Perdeu a noção, pow? — Seu sorriso dá lugar a uma carranca.

— Eu tive uma carga roubada por esses dias e me disseram que você a está vendendo por um preço abaixo do mercado. — Ele fita a Isis e o Corvo atrás de mim e encara os meus olhos outra vez.

— Um grupo novo me procurou há alguns dias, disseram que tinham uma mercadoria pura e que precisavam se desfazer dela. Até trouxeram um pouco para eu experimentar. Cara, eu aspirei aquele maldito pó branco e fui ao céu em uma fração de segundos, e constatei que era uma mercadoria muito boa. Eles me ofereceram a preço de banana e eu não sou burro. Comprei e vendi ganhando em dobro. — Filho da puta do caralho! Xingo o infeliz que pôs as mãos sujas no que é meu.

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