Da Terra Desolada às Noites Brancas

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N/A: Era para ser o último, porém, ficou imenso ( de novo!).. Então, tive que fazer um epilogo para os momentos felizes.

O capítulo foi inspirado em dois clássicos da literatura mundial: Poema "A Terra Desolada" de T.S Elliot (1888 - 1965) e o clássico "Noites Brancas" de Fiódor Dostoiévski (1821-1881).

Mas não se enganem, tem um festival de besteirol também . Cenas tensas, mas com momentos inconcebíveis... 😀😅

Boa leitura!

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" Vou revelar-te o que é o medo num punhado de pó" - (A Terra Desolada - T.S Elliot)

(O resgate - Terra Desolada)

Jake, Alan ,Darkness e Dan observam um dos policiais abrir um portão enferrujado, que dá acesso à adega abandonada.

- Olha só esse lugar! - Enquanto Alan guia o carro, Dan olha admirado para a amplitude do ambiente, rodeado de armazém e galpões abandonados. Analisando o mapa, pergunta a Jake. - Onde exatamente fica a adega? Está muito longe?

- A cerca de 1,5 km daqui, à oeste, a partir daquele antigo armazém. - Jake responde, apontando a direção.

Após dirigir o carro por uns metros, Alan freia, com a ruga no centro da testa que manifesta uma profunda preocupação.

- Este lugar está abandonado há um tempo. Não há como ir de carro a partir daqui, pois a vegetação já tomou conta e o caminho é íngreme. Vamos ter que estacionar o carro e percorrer o caminho a pé.

Apreensivo, Dan, após descer do carro, repara atentamente cada um dos galpões, iluminando o caminho com o celular. Ao avistar a fresta de um deles, observa que há algo estranho. Aproxima-se do local e imediatamente empalidece, chamando a atenção dos demais.

- Pessoal...acho que os proprietários daqueles carros ali tiveram a mesma ideia.

Intrigado, Alan entra no balcão e analisa os carros por um momento, junto com os dois subordinados, manuseia o rádio de comunicação. - É o carro de Max! Vou chamar reforço e a equipe de socorro.

- Deveria ter feito isso antes. - Jake, que acaba de entrar no balcão, obtempera. Devido à gravidade da situação, havia insistido para com a Alan, durante todo caminho, que destacasse mais policiais e os socorristas para acompanhá-los. No entanto, o chefe de polícia continuou irredutível, aguardando a averiguação in loco a fim de autorizar a vinda do aparato policial . O que comprovou ser uma falha bastante grave

Com o objetivo de corrigir o erro, Alan imediatamente convoca o reforço.

O hacker, indignado pela inércia do chefe de polícia, que na opinião dele o fez perder um tempo precioso, toma a iniciativa e apressa os demais homens. - Vamos! Os carros apenas confirmam que a minha hipótese está correta. Max levou a S/N para esta adega.

- Então o segundo carro só pode ser... - Dan, que está próximo do hacker, hesita e não completa a frase.

Ao imaginar S/N nas mãos dos dois crápulas, Jake sente o sangue em suas veias parar de correr. A sensação de impotência e culpa são tão sufocantes que o hacker morde os lábios, ferindo-o, provocando um sabor metálico na boca.

Imediatamente, os homens começam a andar céleres em direção ao oeste, conforme as instruções de Jake.

Enquanto caminham para localizar S/N, Dan, tenta encontrar formas de aplacar o nervosismo. A cada passo que dá, a sensação de medo aumenta. O risco do provável enfrentamento aos bandidos provoca-lhe angústia, que se agrava quando pensa na vulnerabilidade e sofrimento da amiga. A fim de se tranquilizar e desanuviar a mente, pelo menos por um momento, decide conversar com o Darkness, perguntando de supetão.

O Retorno do Homem Sem RostoOnde histórias criam vida. Descubra agora