O meu telemóvel vibra e faço questão de agradecer mentalmente a quem quer que seja que me tenha despertado do meu quase sono profundo na aula de Inglês.
Vem ter a minha casa hoje de tarde.
Tenho de ir para casa, não avisei que ia ficar por aqui.
Avisas agora, espero por ti aqui quando saires ;)
Volto a guardá-lo no bolso e pergunto-me se devo realmente ir ter com ele sozinha, nunca estivemos totalmente sozinhos. Decido afastar as preocupações, afinal já vejo Dylan só como um amigo, é como se fosse ter com Vance.
As aulas acabam, mando mensagem à minha mãe a avisar que vou almoçar por aqui e passar a tarde com amigos e vou para casa dele.
Cheguei
5 minutos e já desço :)
Quando abre a porta quero insultá-lo pelos quase 30 minutos que me fez esperar mas esqueço rapidamente esse pensamento quando o seu sorriso ilumina a rua inteira, este sorriso vai ser a minha morte um dia.
- Olá – diz encostado à porta com o maior e melhor sorriso do mundo.
- Olá – retribuo também a sorrir com o seu gesto casual de escolher um simples olá para início de conversa.
- Entra – dá-me passagem e eu entro pela primeira vez em sua casa.
Sou preenchida por um cheiro quente e doce assim que entro a primeira coisa que me chama a atenção são as enormes escadas de madeira que aparecem do lado direito, sinto-o atrás de mim.
- Vai à frente – sorrio e dou-lhe passagem para que lidere o caminho.
Ele passa por mim e começa a subir as escadas, a minha mente relembra-me da sua reputação de ser conhecido por levar todas as raparigas para o seu quarto e eu posso jurar que neste momento tudo se está a passar em câmera lenta mas ele pára, em frente à sala e abre uma das portas de madeira com pequenos quadrados de vidro que transparecem o seu interior. Entro primeiro e ele segue-me fechando a porta atrás de si e vamos ambos para o sofá de couro castanho claro.
- Queres ver um filme?
- Sim, claro – só percebo o quão nervosa estou quando a minha voz sai trémula e respondo rápido demais, ele continua a sorrir e eu espero realmente que não tenha reparado no quanto o meu coração me está prestes a sair do peito.
- Que filme queres ver?
- Tanto faz... gosto de filmes de terror – acrescento para não parecer demasiado desinteressada mas a verdade é que não quero de todo saber que filme é que ele vai escolher, provavelmente nem sequer vou conseguir prestar atenção no filme de qualquer maneira.
- Põe as tuas pernas em mim – a sua voz tira-me do transe do filme que finjo que estou a ver à uns 20 minutos.
- O quê? – o desespero deve ser visível na minha voz porque ele ri-se.
- Ficas mais confortável assim – esclarece enquanto pega nas minhas pernas e pousa-as no seu colo deixando a queimar em mim todo o caminho por onde as suas mãos passam.
- Se me rasgares as meias não sabes o que te acontece – brinco para que ele não repare na minha pele arrepiada do seu toque, ele sorri de lado e eu amaldiçoo-me a mim mesma por ter decidido ter vindo de vestido logo hoje.
- Assim? – ele puxa as meias que eu acabei especificamente de pedir para não rasgar e elas rangem.
- Estou a falar a sério Dylan – tento parecer séria mas neste momento o meu sorriso já deve ser tão grande ou maior que o dele.
- E vais fazer o quê? – ele volta a puxá-las e desta vez elas cedem fazendo-me levantar e sentar na sua direção ficando frente a frente perto dele, muito perto, tão perto que...
- Que estás a fazer? – afasto-me em pânico quando ele se inclina na minha direção quase como se fosse.. ele sorri.
- Nada. O que é que tu estás a fazer?
- Nada.
- Certo – volta a aproximar-se e eu tapo rápida e instintivamente a boca o que o faz soltar um riso, meu deus, como eu quero ouvir este som outra vez – Estás com medo que te beije?
- Não – sim!
- Então porque estás a tapar a boca?
- Só para prevenir – sorrimos os dois, juntos.
- Tira a mão. – nego com a cabeça e mantenho a mão no mesmo sítio – Tira.
- Não vou tirar a mão – ele olha fundo nos meus olhos e sorri afastando-se e voltando a dar atenção ao filme enquanto acaricia suavemente as minhas pernas ainda no seu colo.
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Ama-me do jeito que me amas
Roman d'amourAntes de mais quero dizer que o tive, por inteiro, por completo, a forma como ele me olhava, nem um milhão de fotos o conseguiria captar... nunca presenciei amor tão grande e puro como o dele por mim, eu vou sempre ter uma parte dele, tal como ele v...