C1T1:O VAZIO

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Em uma nave no espaço, em uma localização desconhecida, uma luz vermelha intensa começou a piscar enquanto o som de uma sirene ressoava por toda a estação, alertando os tripulantes de que algo estava prestes a acontecer.

— Entre nessa nave agora! — gritou um rapaz moreno, de olhos escuros, com uma expressão de agonia.

— Mas por quê?! O que está acontecendo aqui?! — questionou um homem alto, de cabelos escuros e olhos castanhos.

— Luydson, não temos tempo para explicações!

— Mas... mas...

— Sem "mas", entre logo!

Luydson entrou em uma pequena cápsula esférica de metal, equipada com recursos básicos de sobrevivência, como oxigênio, alimentos e água. Logo após se afastar da estação, a nave em que ele estava explodiu com um estrondo ensurdecedor, jogando sua cápsula ainda mais longe com o impacto.

Ao ver aquilo, o coração de Luydson apertou. Seus olhos se encheram de lágrimas e ele começou a chorar, angustiado pela situação em que se encontrava.

— Não pode ser... é impossível!

A dor e a agonia que ele sentia eram inexplicáveis. Não conseguia acreditar que as pessoas com quem convivia tinham acabado de morrer bem na sua frente. Naquele momento, tudo o que ele queria era voltar no tempo para consertar aquilo, mas sabia que pensar assim não adiantava, pois agora ele estava, literalmente, no meio do nada.

— O que eu faço? Essa cápsula de fuga não tem controles! Droga! Droga! Estou perdido aqui...

Depois de vagar por horas no vazio, Luydson começou a sentir enjoo devido ao confinamento. Sua ansiedade crescia a cada minuto, e as dores de cabeça tornavam-se insuportáveis.

— Não sinto minhas pernas, provavelmente por estar preso aqui. Não sinto mais nada. Quanto tempo vou ficar assim? Melhor parar de pensar nisso.

Após horas de silêncio mortal na cápsula, algo inesperado aconteceu. A cápsula começou a balançar e emitir barulhos estranhos. Apesar de ser um alívio após tanto silêncio, Luydson desejava apenas voltar à "paz" anterior.

— O que está acontecendo?! Que barulho é esse? Tem algo invadindo a cápsula!

De repente, uma mão sombria e com garras enormes começou a puxar a parte superior da cápsula. Em desespero, Luydson rapidamente pegou uma máscara de oxigênio e uma roupa térmica.

— Essa coisa está desestabilizando os motores da cápsula! Se eu não sair daqui, vou explodir junto com a nave!

Luydson apertou um botão grande e vermelho, com a inscrição "Ejetar", e foi lançado para fora da cápsula em segundos. Do lado de fora, ele viu uma criatura sombria sobre a nave, mas não conseguiu ver seu rosto. Logo depois, a cápsula explodiu, deixando Luydson mais uma vez perdido no vasto espaço, agora em uma situação ainda pior.

— Era só o que me faltava... minha nave explodiu, perdi minha cápsula para uma criatura que nem sei o que é... o que mais pode dar errado? Não aguento mais! Alguém me ajuda! Como se alguém pudesse me ouvir...

De repente, uma voz robótica ecoou da máscara que Luydson usava:

— Olá, senhor. Em que posso ajudar?

— Quem disse isso?

— Eu, senhor.

— Quem é "eu"? Agora estou ouvindo vozes?!

— Olá, eu sou a assistente virtual "Nascimento da Alvorada", mas pode me chamar de "Hope".

— Onde você está?

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⏰ Última atualização: Sep 08 ⏰

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