〖 Ouvindo meus planos

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— Divino Chilli, bar e restaurante mexicano... — li em voz alta o grande letreiro colorido e muito bem trabalhado do estabelecimento. — Parece ser bom. Até que apostei bem, vai?

— Você já veio aqui antes? — Charlie me questionou, analisando o tal lugar antes de entrarmos.

— Nunca, mas já tinha passado aqui na frente uma vez em que estava procurando um cartório próximo pra autenticar meus documentos. — expliquei, ainda observando onde escolhi para ficarmos esse início de noite para falar de assuntos importantes. — Parece ser bom, vai?

— Pra sua sorte, gosto de comida apimentada. Vamos entrar logo, acho que vai nevar.

E de fato, o clima congelante indicava que poderíamos aguardar uma tempestade de neve à qualquer momento.

Apesar de que tive que escolher onde íamos às pressas, o ambiente interior daquele restaurante de fato nos impressionou. Naquele dia não muito lotado, eu me sentia de fato em uma grande experiência mexicana pela decoração e música temática. Pelo sorriso que Charlie me lançou, pela também estava impressionada.

— Preciso beber. Ali primeiro. — ela indicou, apontando para o bar super bem estruturado que tinha no canto do lugar. Tantos bancos vazios de frente a tantas bebidas, podíamos muito bem ficar ali para fazer companhia ao barman, mas não. Eu pelo menos queria privacidade para fazer o que realmente importa. — Avisou Jungkook que estaríamos aqui?

— Sim, ele logo deve chegar. Mas vamos bebendo. — a incentivei.

— Depois de perder um relatório que fiquei horas fazendo, talvez eu preciso de algo mais forte, sinceramente. Afinal, o que é mais algumas horas pra refazer, não é mesmo? — Charlie tentou brincar com a própria situação, mas sua expressão exausta de fato não trouxe tanta veracidade para o seu sorrisinho fraco.

— Não foi só culpa sua, o documento se perdeu na sala de Lena. — mostrei outro lado.

— Mesmo com isso, vou ter que fazer de qualquer forma. — respirou fundo, batucando os dedos sobre o balcão. — Tudo bem, pelo menos você auxiliou uma ótima inspeção para o meu caso. Obrigada, Jimin. Sei que não era responsabilidade sua.

— Sabe que não precisa agradecer. Na nossa profissão, quando se refere a ajudar, não existe ser o dono do caso ou não. É por uma causa única e justa. — para ser sincero, adoro Charlie, mas eu ajudaria em um caso mesmo que fosse alguém que eu super odiasse.

— Não posso discordar.

— Boa noite, pessoal! Tudo bem com vocês essa noite? — de repente essa voz que exalava simpatia se dirige a nós dois diretamente, e observamos agora um moço moreno do outro lado do balcão, nos atendendo. Ele tinha as mangas do traje estendidas até os cotovelos (provavelmente para fazer os drinks), seus cabelos eram perfeitamente arrumados em um topete nada exagerado e, bem, me senti acolhido mais ainda pelo estabelecimento desta maneira. — Digam, o que vão beber hoje? Conhecem os drinks da casa?

— Na verdade, não. É nossa primeira vez aqui. — Charlie o avisou. — Recomendações?

— Opa, na verdade, várias! Mas vocês podem escanear nosso CR CODE e ter acesso a todos os drinks no celular de vocês. — apontou para o desenho escaneável no balcão, em nossa frente. Nem percebi.

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