Nada Vai Ser Como Antes

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Narra Rydel
Não imaginam o quanto me custou ter de sair daquela casa, o sítio onde eu tenho as melhores recordações da minha vida, o sítio onde eu morei desde pequena. Vou sentir falta deles todos, espero que nos possamos ver todos os dias, ia ser fantástico, mas nunca irá ser tão bom, como poder acordar todas as manhãs com eles a meu lado, sempre me apoiaram quando eu precisei, e agora, parece que tive de dizer um adeus. Fui o caminho todo calada, as palavras não me saiam, quando paramos, abri a porta do camião, peguei em Thomas ao colo e saí. Parece que ia ser ali que ia morar o resto da minha vida.

Ellington: Gostas!?
Rydel: sim. - digo tentando disfarçar um sorriso
Ellington: eu sei que te custou dizer adeus á tua casa, mas pensa que agora temos o nosso espaço, só para nós.
Rydel: pois.

Dirigi-me até á porta, não deixando Ellington falar, peguei nas chaves e abri-a, não era uma casa tão grande como a outra. Tinha dois quartos, duas casas de banho, uma sala, não muito grande, e uma cozinha pequena. Entrei e senti uma brisa fria, algo que eu nunca houvera sentido na outra casa. Subi e fui até ao meu quarto e de Ellington. Era um quarto consideravelmente grande, com móveis modernos tal como as outras partes da casa. O quarto de Thomas, era pequeno e sei lá, frio. O jardim de casa era pequeno, não dava espaço para ter muita coisa.

Ellington: estás a gostar da casa? - diz aparecendo por trás de mim distraindo me dos meus pensamentos
Rydel: nunca vai ser como a outra, mas até gosto.
Ellington: tens de perceber que agora só somos nós os três!
Rydel: acho que nos mudarmos para aqui não foi a melhor opção.
Ellington: porquê!? Tu querias tanto isto.
Rydel: o Ross disse me uma coisa que me pôs a pensar.
Ellington: o que é que ele disser?
Rydel: que a melhor maneira de tornar uma criança boa, é torná-la feliz. E que tinha a certeza que o nosso filho seria muito mais feliz lá, tinha um jardim enorme, tinha os tios por perto para quando nós não pudessemos. Tinha com quem brincar a toda a hora.
Ellington: ele aqui também vai ter.
Rydel: talvez.

Saí do quarto deixando a conversa por acabar, desci as escadas e fui até a sala buscar as coisas de Thomas para começar a arrumar no seu quartinho. Voltei para o quarto dele, e a primeira coisa que fiz com a ajuda de Ellington foi montar a caminha dele para o puder deitar. Depois guardamos as suas roupas e as nossas, guardamos os brinquedos e depois fomos os dois para a sala descansar.

Ellington: foi um dia em grande!
Rydel: pois foi, estou cansada.
Ellington: e se fôssemos para a nossa caminha, "descansar".
Rydel: não obrigada Ellington, hoje não estou com vontade de "descansar".
Ellington: tu é que sabes, eu estou lá em cima, se precisares de mim chama.
Rydel: não te preocupes.
(Ellington sobe para o quarto)

Narra Isa
O ambiente aqui em casa está pesado, estamos todos tristes, eu, a Kayla e a Ana ainda estámos a chorar por causa da partida deles os três. A partir de agora já nada vai ser como era dantes, muito pelo contrário, agora quem é que vai contar aquelas piadas logo de manhã para animar o ambiente, quem é que vai estar sempre ao nosso lado a apoiar nos mesmo estando numa posição igual, ou pior? Duvido que as coisas voltem ao normal, a não ser que eles mudem de ideias e voltem, mas a probabilidade de isso acontecer é nula, fazê-los mudar de ideias vai ser tão difícil como convencer o Rocky a ir cortar o cabelo. Estávamos na sala, sentados simplesmente, sem fazer nada.

Ana: vou para a cama.
Ross: eu vou contigo.
Riker: sendo assim vamos todos, não estamos aqui a fazer nada.
Kayla: será que isto agora vai ser sempre assim?
Rocky: assim como?
Kayla: monótono.
Isa: esperemos que não.

Subiram até aos seus quartos e foram dormir para não pensarem mais no assunto, para esquecerem que o dia de hoje aconteceu, para voltarem atrás no tempo e para os impedir de saírem de casa.

Narra Rydel
Acordei cedo, e como Thomas ainda não tinha acordado, decidi ir tomar eu o pequeno almoço primeiro, entrei na cozinha e disse em voz alta.

Rydel: Bom dia!

Devo estar a ficar maluca, agora só moro eu o Elli e o Thomas aqui, já não mora mais ninguém, mão preciso de desejar um bom dia ao microondas ou ao frigorífico! Senti uma mão a pousar no meu ombro, Ellington tinha finalmente acordado.....

Ellington: estavas a dizer bom dia a quem?
(Beija Rydel)
Rydel: a ninguém, infelizmente.
Ellington: não fiques assim, vais te habituar, e depois vais ver como é bom ter o nosso cantinho.
Rydel: eu vou ter de me habituar!?
Ellington: sim, porquê?
Rydel: a mim dizes que tenho de me habituar, e aos outros disseste que não era preciso, que nós nos vínhamos embora. - diz irritada
Ellington: mas tu também quiseste vir.
Rydel: eu sei.
Ellington: tu sabes que para mim é igual estar aqui ou em casa com os teus irmãos, eu só quero estar perto da minha família. - Thomas começa a chorar
Rydel: vou dar de mamar ao nosso filho. - Ellington agarra me braço impedindo me de ir
Ellington: espera!
Rydel: eu tenho de ir, ele está chorar! - digo preocupada
Ellington: hoje queres ir a casa dos teus irmãos?
Rydel: quero. - digo libertando me de Ellington e saindo a correr até ao quarto do meu filho.

Passado algumas horas tanto eu como Ellington estávamos fartos de estar em casa, por isso levantamo nos, vestimos o nosso filho, metemo nos no carro e fomos até casa dos meus irmãos. Quando chegamos, tocamos a campainha e quem veio abrir foi Rocky.

Rocky: Rydel, Ellington, estão aqui!?
Rydel: tanto eu como o Thomas estávamos cheios de saudades!
Rocky: entrem.
(Entram os 3)
Ana: Rydel! - diz vindo ter comigo a correr e abraçando me
Rydel: cuidado com o Thomas!
Ana: desculpa, foi a emoção! - diz pegando em Thomas ao colo e indo até á lareira, que se encontrava acessa e sentando se num puff que lá tinha
Isa: Rydel, decidiram voltar de vez?
Ellington: não, viemos só dizer olá.
Riker: estão a gostar da nova casa?
Rydel: estou, é muito bonita, mas como é óbvio não é tão grande como esta.
Kayla: mas também, se vocês só são três, para que é que queriam uma casa tão grande como esta!?
Ellington: a casa é muito acolhedora, um dia tem de lá ir para a visitarem.
Ross: com todo o gosto.
Rocky: isso é quando?
Ellington: assim que vos apetecer.
Isa: podemos ir já amanhã?
Rydel: claro que sim.
Ross: fixe! - sai e vai ter com Ana

Narra Ross
Sai do meio deles e fui ter com Ana, que estava ao lado da lareira sentada com Thomas ao colo. Aproximei me um pouco dela, e por espanto meu, ouvia a cantar para ele. Que querida! Sentei me ao lado dela e pus me a ouvir.

Ana: ROSS!? O que é que estas aí a fazer?
Ross: estava a ouvir te cantar para o nosso sobrinho.
Ana: á muito tempo!?
Ross: 1 minuto.
Ana: espero bem que sim.
Ross: não te preocupes, não desafinaste.
Ana: não estou preocupada com isso.
Ross: já pensaste, esse bebê podia ser nosso.
Ana: um dia quem sabe, podemos ter um, mas o tempo o dirá.
Ross: tens razão.
Ana: até lá, temos muito que fazer.
Ross: pois temos. Além disso eu ainda não sou casado, nem tu.
Ana: ahahahahah, pois não.
(Beijam se)
Ross: ahahahah
Ana: vamos ter com os outros.

Levantamos-nos e fomos ter com os outros que estavam de pé em frente à porta de entrada. Estivemos a conversar por algumas horas, depois foram embora os três, e aquela casa voltou a ser um local monótono.

.....

Eu queria dedicar este capítulo á @Zendaya_r5 queria te agradecer imenso pelo apoio que me deste.

Espero que tenham gostado.
Vemo-nos no próximo capítulo.
Bjs
Ana

Afinal, não foi uma simples viagemOnde histórias criam vida. Descubra agora