Voltando para a Itália

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 Ele finalmente se foi.

O ar ao meu redor, parece que ficou mais leve. Não havia mais aquele clima de como se estivesse pisando em ovos. Tê-lo ao meu redor, era muito tenso e complicado. Respirei até melhor. Fato esse foi sentido por todos que me rodeiam.

Precisava desse espaço para mim.

Esse espeço, talvez me fizesse entender o carrossel de sentimentos que me corroíam por dentro e me deixava como se tivesse em uma montanha russa. Isso me fazia mal, em todos os sentidos.

Com Jun YuQing por perto, era mil vezes pior. Sempre havia aquelas lembranças dolorosas que eu não queria nunca lembrar.


Depois de duas semanas preso dentro do hospital, finalmente vou voltar para casa. Eu estava muito feliz com isso. Aquelas paredes me faziam recordar de coisas que eu muito queria esquecer.

Parece que meu destino é ficar sempre preso entre as paredes brancas de um hospital.

Minha saúde outrora precária, ficou um pouco melhor, embora comesse menos e dormisse pouco.

O estado de magreza do meu corpo, ficou menos aparente depois de ser forçado a comer comidas nutritivas, tônicos e muitas vitaminas. Ganhei um pouco de carne sobre os ossos e bochechas.

Os culpados por dá a ordem de empurrarem comida por minha goela, foram Michael e José. Ainda tiveram a ousadia deles próprios fazerem isso pessoalmente com se eu fosse uma criança que não sabia pegar uma colher e comer adequadamente. Eu não sei se chorava, ria ou os matava!

Juro! Fiquei sem saber o que fazer com eles. No entanto, o que eles estavam fazendo era para o meu bem. Estavam preocupados comigo. E com razão!

É precisamente nesse momento, com tantos cuidados, que meu mundinho destruído, começou a se reparar, devagarinho.

No vê deles, era como se eu estivesse desistindo da vida, de tudo, depois que o perdi.

Seu nome, só era pronunciado pelas minhas costas e, por mim, nas noites insones e solitárias. O nome Yan Po Jun, tornou-se um tabu na minha casa.

Apesar de ser "torturado", com "queixas", nada poderia fazer, há não ser, aceitar. De fato, essa era a maneira de demostrarem o quanto se importavam comigo e me amavam.

Vendo o mesmo estado físico, mental e emocional se recuperando à passos de tartaruga, havia sorrisos em todos os lugares. Até meus sócios vieram me visitar, só para ver se eu não estava nas últimas para que pudessem abocanhar minha empresa.

Olhei para cada um deles com raiva, mas me contive. Ele não eram dignos da minha raiva. Desde que não pisassem nos meus calos... tudo bem.

A minha família ficou feliz como meu estado de saúde e decidiu ir embora, só depois que eu tivesse alta do hospital.

Logo, meu tempo na Tailândia acabaria e eu teria que voltar para a China ou ficar um tempo com os velhos que não paravam de pegar no meu pé. Essas duas velhas galinhas, estavam muito preocupados com o filhote machucado e não paravam de cacarejar ao pé do meu ouvido. Então, passaria um tempo com eles.

Decidi voltar para a Itália por um tempo.

Sei que lá teria mais tempo de me recuperar, mesmo com a tristeza que eu sentia, longe de tudo.

José e Michael concordaram com os velhos problemáticos, desde que eles mantivesse as rédeas curtas e não me deixasse fazer nada que me machucassem.

Eu, o "machucado", apenas balancei a cabeça, sem poder dizer ou fazer nada. O medo de ser fuzilado por oito pares de olhos, olhando fixamente para mim, era demais. Tornei-me um covarde, literalmente quando eles faziam isso.

Meu Adorável Contador  BL (sem revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora