Capítulo 4

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     No andar de cima, Devan pegou peça por peça e puxou a arara com as roupas criadas por ele próprio. Viviane entrou no provador improvisado e vestiu o último conjunto, ela sempre gostou das criações do amigo, sempre variados estilos e uma mistura de cores, a assinatura dele bordada no selo na bandeira colorida era a marca registrada.

     —Você se superou desta vez.

     A garota se olhou no espelho, era um conjunto de bermuda amarela, blusa branca com um desenho de gato e casaco da mesma cor da bermuda.

     —Por que essa eu fiz especialmente para você meu bem.

     —Devan!

     —Não me repreenda docinho, sabe que sempre lhe presenteio com alguma de minhas criações, e esse é o único não que não aceito.

     —Você é sempre muito bem, espertinho.

     O cacheado riu.

     —Bom, vou aceitar isso como um “muito obrigado”.

     —E pensar que a Jasmim perdeu um partidão como você— o jovem riu. —Como está com o Edan?

     —Está há mil maravilhas, ele quer que eu conheça os pais dele e estamos planejando uma viagem no fim do ano.

     —Isso é muito bom, Cruz.

     —Eu estou ansioso, sabe como foi quando eu estava com o Júlio, os pais dele não aceitaram nosso relacionamento.

     —Isso foi há dois anos, e desta vez você contará não só com o meu apoio ou do seu namorado, mas com o do seu pai também.

     —Ah, Vivi você é um doce. Se você não tivesse me dado uns cascudos eu nunca teria coragem para revelar minha sexualidade ao meu pai.

     Viviane balançou a cabeça.

     —Se fosse comigo, também ia gostar de ter alguém ao meu lado. O apoio é essencial Devan, e seu pai te apoia e sempre vai. Quando o assunto sobre o que aconteceu na casa do Júlio chegou ao ouvido do seu pai ele foi o primeiro a ir até lá e dizer mil verdades aos pais dele. Então não tenha medo de ir à casa dos pais de Edan.

     O jovem sorriu e depositou um beijo no topo da cabeça de Viviane.

     —Você pequena criatura é única.

     A jovem sorriu.

     —Essa pequena criatura te ama como um irmão, mas não diga isso ao Noah ou ele ficará com ciúmes— piscou arrancando um riso do amigo.

     —Tudo bem, eu não conto, mas você terá que jantar comigo agora.

     —O que fez para esta noite?

     —Risoto minha amiga, e deveríamos ir parque atrás daquele seu doce favorito, o sorvete de espátulas como você chama.

     —Você ainda não sabe o meu sabor favorito.

     —Isso é injusto se você levar em consideração a variedade infinita de sabores.

     —Bom, se formos rápidos no jantar você terá algumas chances.

     —Espertinha.

     —Espertinha

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