Nova Vida Ao Seu Lado (Hawks)

Capítulo 24

De Manhã

Acordei ouvindo gritos e xingos, olhei para o lado e vi Hawks acordando também e olhando para a porta assustado.

Luís: Mas o que é isso? Seu aproveitador. - Reconheci a voz do meu pai e olhei para a porta, vendo meu pai bravo.

Eu ia levantar, mas me lembrei de não estar com nenhuma roupa e senti meu rosto esquentar.

Hawks: Eu posso explicar, não é nada disso que o senhor está pensando. - Hawks tentava distrair meu pai e tentar arrumar uma desculpa.

Luís: Ah, não é isso? Então, por que minha filha está no seu quarto e suas roupas jogadas no chão? - Meu pai estava bravo e eu queria muito rir dessa situação.

Hawks: Ela estava com calor, e eu só ajudei ela. - O coitado já nem sabe mais o que inventar.

Luís: Se vistam os dois e desçam, quero ter uma certa conversa com vocês. - Meu pai saiu e fechou a porta devagar, encarando Hawks.

Quando ele terminou de fechar a porta, eu comecei a rir e Hawks colocou a mão no coração.

Hawks: Amor, eu achei que hoje ia morrer. Eu mal acordei e já iria de base sem saber. - Tentei acalmar ele.

- Relaxa, amor. Ele não vai fazer nada com você. - Dei um beijo nele e saí da cama, indo me vestir.

Hawks: Eu nem sei o que aconteceu direito, só acordei e ele tinha aberto a porta do quarto e viu você. - Hawks levantou também e foi se vestir.

Nos arrumamos e descemos até a mesa de café, meu pai estava sentado lá lendo um jornal, a rapariga da mulher dele estava com um sorrisinho olhando para mim, aproveitei que meu pai não estava vendo e mostrei o dedo do meio.

Ela olhou para ver se meu pai estava vendo, ela ia falar alguma coisa mas desistiu quando meu pai começou a falar.

Luís: Eu não tenho nada a ver com a sua vida, minha filha. Mas por favor, me diga que você foi até o quarto desse rapaz por vontade própria?! - Meu pai colocou o jornal na mesa e me olhou, o olhar dele transmitia um pouco de tristeza e culpa, eu realmente não sabia.

- Sim, pai. Fui até o quarto dele ontem, eu não queria dormir sozinha. - Falei encostando a cabeça no braço dele.

Hawks: E sobre a cena que o senhor viu hoje de manhã, não aconteceu nada que ela não queria. - Essa foi a vez dele falar alguma coisa.

Luís: Está bem, mas se você tentar fazer alguma coisa com a minha filha. Você vai se ver comigo, rapaz. - Meu pai ameaçou Hawks com um jornal na mão, as gêmeas fedorentas me olhavam de cara feia e a mãe delas também.

Hawks: Quero aproveitar que estou aqui e quero conversar com o senhor, e pedir sua permissão. - Senti a mão de Hawks passar em minha perna debaixo da mesa.

Luís: E é sobre o que? - Meu pai adoçou o café e se preparou para beber.

Hawks: Quero pedir sua permissão e avisar também que nós dois estamos namorando. - Meu pai na hora que ouviu, cuspiu todo o café que estava bebendo.

Luís: Então, era por isso... Me desculpem, é que eu não imaginava isso acontecendo. Minha filha está crescendo e eu acabei com a oportunidade de ser um pai que a apoia em suas escolhas. - Meu pai disse depois de se recuperar do engasgo.

- Está tudo bem, pai. Só queremos mesmo dizer que estamos namorando e ninguém vai atrapalhar ou estragar nosso momento. Estamos muito felizes e agora, sentindo que tudo na minha vida está começando a andar do jeito certo e que teria que ser. - Dei um sorriso e olhei para Hawks, depois olhei novamente para o meu pai e ele me deu um sorriso de leve.

Luís: Fico feliz que você está seguindo sua vida do jeito que sempre quis, perdoe-me por tentar controlar a sua vida e nem ligar pelo que você pensava ou sentia.

Jéssica: Chega gente, esse assunto já está irritando. - Ela pegou sua xícara e bebeu o café.

Luís: Não liguem para ela. Bom, irei para o meu escritório, até o jantar. - Meu pai se levantou e foi até o seu escritório, Hawks e eu saímos da mesa também e fomos para o quarto nos trocar, porque nós dois teríamos uma ronda para fazer.

Colocamos roupas de heróis e fomos fazer a ronda pela cidade, eu ainda era bem inexperiente. Então, Hawks sempre ia comigo, um ajudando o outro.

Nunca imaginei que essa vida de herói seria tão legal e bem complicada, muitas das vezes os vilões atacaram os alunos da U.A e isso me cansava demais.

Tudo estava dando certo, encontramos Tokoyami no caminho e fomos conversando com ele até chegarmos na U.A. Eu gostava muito dos alunos, afinal, eram todos os meus parceiros e muitos queridos por mim.

Estava tendo um evento, então tinham pessoas de outros lugares e alunos também. Hawks teve que sair de perto de mim e eu fiquei em uma mesa com alguns doces.

***: Olá. - Tomei um susto com um homem atrás de mim, me virei e tentei o reconhecer, mas não me lembrava dele.

- Olá, posso ajudar? - Respondi educadamente.

***: Primeiramente, pode me chamar de Danzou e você é a famosa heroína Rika, não? - Ele estendeu a mão e eu o cumprimentei.

- Sim, sou Rika. - Tentei acabar o papo, mas esse cara era insistente demais.

Danzou: Você é bem bonita e tem um corpo lindo, não quer dar uma voltinha comigo não? Estou encantado pelos seus olhos, queria os guardar em um potinho. - Ele veio se aproximando mais de mim e eu tentei me afastar com medo, mas paralisei quando ouvi um grito e em seguida um barulho bem alto.

Bakugou: SHINEEEEEE. - Ele veio na direção do cara explodindo ele, fiquei em choque e sem saber o que fazer.

Aizawa veio conversar com o Bakugou, chamaram o Cementoss e ele levou o cara para longe do evento da escola. Aizawa ia mandar punir Bakugou por atacar pessoas, mas eu não deixei.

- Ele vai ficar aqui! - Olhei de cara feia para o Aizawa e o mesmo nem ligou, foi logo para o saco dele e dormiu.

Bakugou: Sua nerd burra, ele poderia ter feito algo de errado com você, toma cuidado. - Bakugou já estava indo embora, mas eu o puxei e abracei, é claro que ele amou muito e ficou muito feliz... - ME SOLTA, SUA NOJENTA! Nerd De Merda.

- Nossa, suas palavras são tão acolhedoras.

Bakugou: Tome cuidado, da próxima eu posso não estar por perto para te salvar.

- Meu fofinho. - Grudei nas bochechas dele e me distanciei quando ele mostrou os dentes.

Depois, Hawks voltou e eu contei tudo para ele. Ele disse que não me deixaria mais sozinha nesses lugares e que só tinham tarados que poderiam me fazer mal.

- Mas aí é só eu dar um soco nele, né? - Falei e ele riu.

Hawks: Isso mesmo, mas podem acabar machucando o meu amor e eu não vou gostar nada disso. Depois eu agradeço ao bombinha. - Olhamos para a frente e Bakugou estava enforcando o jovem Midoriya.

Ouvimos alguém me chamando, olhei para trás e era dona Rose.

Ela correu até mim e me abraçou, depois abraçou Hawks e começou a tagarelar dizendo que ela sempre esteve certa e que só eu não percebi que Hawks foi feito para mim.

Depois, ouvi outra pessoa me chamar e dessa vez era meu pai. Ele chegou perto e ficou encarando dona Rose.

Apresentei os dois e os dois começaram a bater papo, rindo das piadas de velhos. Eles literalmente estavam conversando sobre plantas e rindo, porque meu pai disse que tentou plantar tomate e plantou uma frutinha venenosa.