12 - Argumento de Connor

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Atualmente

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Atualmente.

Connor tem seu próprio carro, mas acabamos voltando do trabalho no meu hoje, e todo o trajeto se seguiu em completo silêncio.

Passamos pelo porteiro em silêncio, entramos no elevador e aguardamos até que chegasse no décimo andar.

Andamos todo o corredor até nosso apartamento, e assim que Connor destranca a porta e gira a maçaneta, o silêncio vai embora.

— O que tá rolando entre você e Peter Brooks? — pergunta passando pela porta e eu o sigo, trancando-a logo após.

— Nada — minto. Ou digo a verdade. Não está rolando nada, mas rolou alguma coisa.

— Foi atrás dele, os vi na recepção — droga. Não quero ter que explicar tudo que aconteceu para Connor, ele não vai entender, e se eu falar sobre o beijo... Ele definitivamente vai me julgar por isso. Eu me julgo.

Vou até o sofá e me jogo atirando a mochila ao meu lado.

Meus olhos doem um pouco, estou escrevendo algo meio pessoal para o site Sky Journal & entreteniment. É uma matéria boba que preciso atualizar toda semana, Brad insiste que expresse sentimentos reais nela, e ainda não submeti o texto que vai ao ar amanhã.

— Certo, fui atrás dele — confesso meu crime.

Connor anda pela sala com as mãos nos quadris. Frustrado ou decepcionado comigo, é difícil dizer.

— Vou quebrar aquele cara — avisa. — Ele agiu como se fossem super próximos outra vez, em rede nacional.

Meu amigo saiu um pouco dos eixos, posso ver. De todas as falas de Peter, é difícil saber qual havia gerado tamanha perturbação.

— Connor, estou cansada — ainda preciso escrever mais. — Não quero falar sobre ele.

Isso parece o magoar, e eu realmente não quero magoar Connor, ele é o melhor amigo do mundo.

Então ele para, me olha, respira profundamente e fecha seus olhos. Cavandish vem até o sofá e se abaixa a minha frente, ficando se cócoras.

— Preciso que me diga, o que aconteceu? — pede, em um tom mais brando e com o semblante mais conciso. É o Connor, ele só quer te ajudar.

Seus olhos verdes estão suplicantes e suas sobrancelhas baixas. O cabelo loiro preso atrás da cabeça deixa seu rosto em evidência e me faz reparar na barba feita provavelmente hoje pela manhã.

Me encolho no estofado.

— A festa da Beatrice, ele estava lá — digo. — Ele estava lá e me beijou, e eu gostei.

Melhor tirar isso de mim como um esparadrapo, de uma vez.

Meu amigo processa as informações como se ligasse pontos em sua mente que esclareciam algo. Por exemplo, ter o deixado na festa e saído sem motivo aparente.

3 •Me Esqueça, Por Favor - Blue Sky CityOnde histórias criam vida. Descubra agora