O final

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[...]

A mulher acordou de uma noite muito profunda de sono, e quando se deu conta caiu em prantos, é claro que ela ainda lembrava de bons detalhes de sua mãe, aqueles detalhes em que ela usava seu tato, como quando: Sentia um abraço de sua mãe, ou passava a mão em seus cabelos. Ou até mesmo quando ouvia a chuva e sentia medo, ou ouvia seus irmãos.

Ela sabia como os olhos de sua mãe se enchia de lagrimas, ela sentia isso, mas como podia se lembrar qual era a cor deles? Já fazia um tempo desde que ela havia ficado cega por conta de sua doença genética. Seu maior temor era de que ela esqueceria muito em breve detalhes que ela gostava muito, e infelizmente os olhos de sua filha eram iguais aos delas, o que a entristecia mais ainda.

Mas a mulher não se deixou abater, afinal, que exemplo daria as próximas gerações? 

Ela mostrou para todos que uma mente aberta pode ver muito mais que os olhos, e que ela mais do que ninguém provaria como isso era real.

Em um dia que ela ouvia o barulho de chuva ela soube que chegara seu tão aguardado dia, foi até a rodoviaria e pegou o onibus que seguiu caminho para sua tão sonhada jornada, e depois de algumas horas, lá estava ela sentindo um frio na barriga e tateando o local aonde colocaria seus livros, lá estava ela, na faculdade tão sonhada e merecida, sabendo que dali daria rumo para sua família.


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⏰ Last updated: Oct 28, 2022 ⏰

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Olhos d'águaWhere stories live. Discover now