A Descoberta de Azik

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Rua Narciso, número 2. Klein assentiu com a cabeça para Azik e caminhou rapidamente para a porta de sua casa, pegou suas chaves e abriu a porta.

Melissa, que já estava em casa, ouviu o clique da fechadura da porta e rapidamente saiu da cozinha e entrou na sala de estar.

Ao ver Klein, ela disse com os olhos radiantes de alegria:

— Fiz compras. Há frango, batatas, cebolas, peixe, nabos e ervilhas. Comprei até um pequeno pote de mel.

Irmã, você também está se acostumando com o luxo ocasional? Klein riu.

— Você terá que preparar o jantar de hoje. Não precisa fazer para mim, pois estarei fora da cidade. Talvez não volte até o amanhecer. Estou fazendo um favor ao Sr. Azik, o professor do Departamento de História da Universidade de Khoy.

Enquanto falava, ele se virou de lado e apontou para a carruagem que estava esperando do lado de fora.

Os lábios de Melissa se abriram e fecharam duas vezes, antes que ela os apertasse e finalmente dissesse:

— Tudo bem.

Klein se despediu de sua irmã e saiu. Ele entrou na carruagem alugada que Azik havia contratado e viajou duas horas e quarenta minutos até a cidade de Lamud.

Eram quase nove horas naquele momento. O céu estava escuro, e eles só podiam confiar no luar carmesim e na cintilante luz das estrelas que penetravam as nuvens para iluminar as áreas sem lâmpadas da rua.

Depois de instruir o motorista a esperar na cidade, Klein levou Azik em direção ao antigo castelo abandonado.

Enquanto caminhavam, ele percebeu que Azik estava andando mais rápido, a ponto de ele ter que quase correr para acompanhá-lo. No final, foi Azik quem liderou o caminho.

Klein queria dizer algo inicialmente, mas foi esperto e engoliu as palavras quando viu a expressão solene de Azik.

Com tal velocidade, eles rapidamente chegaram ao antigo castelo.

O castelo, que estava quase uma ruínas, se estendia nas quatro direções, enquanto sua torre parecia desolada, selvagem, misteriosa e escura.

Azik olhou para o antigo castelo e diminuiu o passo.

Ele parou ali e seu olhar parecia profundo, mas perdido, como se estivesse pairando entre sonhos e realidade.

De repente, ele gemeu de dor, levantando a mão para massagear a testa enquanto seus músculos pareciam distorcidos por agonia.

— Sr. Azik, você está bem? — perguntou Klein com cuidado ao ativar sua Visão Espiritual.

Quando estavam a bordo da carruagem contratada, saindo da rua Narciso para Lamud, ele fez uma rápida divinação ao jogar uma moeda para ver se havia algum perigo em sua viagem.

Mas ele acreditava que divinação não era onipotente e portanto ele sempre mantinha a guarda para evitar qualquer má interpretação de sua parte. Além disso, Azik era bastante misterioso. Ninguém sabia sobre seu passado, e não se sabia como ele reagiria se fosse estimulado por um encontro com seu passado. Cuidado e preocupação acompanharam Klein durante toda a viagem.

Azik não respondeu imediatamente, e deu mais dois passos adiante com uma expressão de dor. Relaxando a mão que estava em sua testa, ele apontou para a frente com um tom devaneio.

— Eu já vi esse antigo castelo antes em meu sonho.

— No sonho, ele ainda estava completo com uma parede externa robusta e uma torre alta.

Senhor dos Mistérios - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora