🧧Capítulo 12🧧

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 CAPÍTULO 12: A Trégua     Saindo da Universidade Yibo decidiu que ele ia dirigindo o carro e de alguma maneira queria ficar sozinho com Zhan

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CAPÍTULO 12: A Trégua
 
 
   Saindo da Universidade Yibo decidiu que ele ia dirigindo o carro e de alguma maneira queria ficar sozinho com Zhan. O trajeto até o carro foi em pleno silêncio e com o alfa segurando a mão do marido com firmeza. Apesar de muito confuso, o fato dele não ter soltado a mão  de Zhan deixava mais perguntas na cabeça do mais jovem.
 
     — Porque me arrastou daquele jeito? E como diabos o YangYang é seu primo?
 
   Yibo continuava calado, apertava o volante com força e tentava apenas controlar sua respiração. Nos dias que ficou fora, ele sentiu que finalmente seus sentimentos estavam entrando nos eixos, ele passou muito tempo pensando no que significada ter rejeitado a garota que ele sempre gostou. Confuso e muito chateado era como ele se sentia. Chegar a conclusão de que realmente estava se apaixonando pelo ômega marrento não foi fácil , mas estava tão ansioso que não conseguiu esperar por Zhan em casa, mas infelizmente as coisas não saíram como ele planejava.
 
       —  Se não vai falar comigo, então porque se deu ao trabalho de vir aqui me buscar? – perguntou visivelmente chateado.
 
        — Eu não quero falar agora. Então, por favor me dê um tempo.
  
        — Eu preciso de respostas. Você não pode simplesmente me arrastar por aí como seu não fosse nada que um objeto decorativo em suas mãos e achar que eu vou ficar calado sobre isso.
 
      — Dá para calar a boca um minuto.
   Eles estavam a poucos quilômetros da entrada do Palácio quando Zhan já não aguentava mais aquela situação. 
 
        — Pare o carro!
 
        — Já estamos quase chegando.
 
        — Eu mandei você parar o carro. Ou você para ou eu vou pular com ele ainda movimento. Você decide!
 
 Sem esperar muito sabendo que aquele ômega doido seria perfeitamente capaz de algo assim, Yibo obedece o mais jovem que logo sai do carro. Zhan afrouxa a gravata do uniforme e ergue a cabeça como se precisasse de ajuda para respirar.  Ele estava se sentindo sufocado por causa da tensão que o alfa exalava e precisava de um tempo longe do carro abafado antes de que pudesse entrar no cio de novo pela exposição de tantos feromônios.
 
       —  O que você tem? Está sentindo alguma coisa? – O alfa  pergunta preocupado vendo o menor respirar fundo.
 
       — Se estou sentindo alguma coisa? – O rapaz frustrado passa as mãos no rosto. – Tudo o que eu faço é sentir.
 
      — O que você quer dizer?
 
 —  Eu sinto raiva porque você está aqui, eu sinto raiva quando você não esta. Sinto raiva da maneira como você me confunde, de como você faz eu me sentir.

     — Zhan... eu...
 
      — Não fala nada, eu não quero te ouvir agora. – o menor continuava a andar em círculos como se aquilo pudesse lhe acalmar, Yibo entendeu que ele precisava desabafar e ficou quieto o deixando com seu monólogo. —Você... Você não se importa com ninguém além de si mesmo, e eu me odeio neste momento por que dizer todas essas coisas em voz alta é humilhante demais.  Eu sinto raiva de como eu não consigo controlar as palavras de saírem da minha boca agora,  eu sinto raiva de como eu senti a droga da  sua falta e principalmente eu sinto mais raiva por está admitindo tudo isso. Então sim, eu estou sentindo muitas coisas neste momento.
 
  Ele fica de costas para Yibo, sabia que naquele momento não conseguiria olhar nos olhos do outro pois estava  constrangido com o que tinha acabado de dizer. O mais velho faz sinal para que os guardas costas se afastem e os deixem à sós.
 
      —  Você já pode começar a rir se quiser. – o ômega disse frustrado consigo mesmo.
 
     — Porque eu faria isso? Acha que sou tão ruim a ponto de rir numa situação dessas?
 
     — Olha, eu já não sei de nada. – passou uma das mãos pelos cabelos e suspirou frustrado consigo mesmo. — Eu só quero ir embora.
  
 
Assim que restam apenas os dois, ele abraça o ômega. Xiao Zhan se assustou com o ato mas não o afastou.
 
     —Sabe porque eu fui pessoalmente te buscar hoje? – Zhan apenas nega com a cabeça sem dizer nada, estava ainda assimilando o fato de está sendo abraçado pelo outro.  – Eu fui buscar você porque eu precisava de te ver.
 
O ômega vira o rosto em direção a Yibo, mas sem quebrar o abraço.
 
       — Eu percebi que eu senti a sua falta, mas eu estava tão ansioso para te ver que simplesmente não consegui te esperar, eu não consigo explicar o porquê ou como mas teve momento que até seu cheiro eu consegui sentir.
  
     — Eu...
 
    — Eu queria correr pra você e dizer o quanto eu pensei em você nesses últimos três dias, tentei não pensar. Quis mover minha mente para qualquer coisa, mas era sempre você que via em minha mente. Mas quando eu vi você com o YangYang e ele te convidando para jantar.... – ele fecha os olhos como se não quisesse lembrar da cena. — Eu simplesmente enlouqueci, meu sangue ferveu e eu perdi a cabeça. 
 
       —  Ele é só meu amigo. – a voz baixa denunciava seu nervosismo.
 
        —  Eu não quero falar dele, pelo menos não ainda. – Zhan assente, o alfa respira fundo e vira o outro para que fique de frente para ele. – Zhan , eu não sou bom com essas coisas de falar o que sente, eu sou nervoso e acabei de descobrir que também sou altamente ciumento. Então,  por favor tenha um pouco de paciência comigo. – havia uma certa súplica na voz do alfa.
 
      — Eu... ah eu...
 
    — Não precisa dizer nada. – Ele diz afrouxando o abraço. 
 
      —  Mas eu quero. – Zhan coloca a mão no rosto do príncipe.  – Eu sei que nada disso foi algo planejado e também sei que eu estou confuso com meus sentimentos em relação à você, mas a verdade é que eu senti a sua falta, e acho que gosto de você.
 
 A palavras saíram simplesmente assim ...
 
     — Eu sei que não sou a pessoas mais tranquila de se conviver, mas acho que merecemos a chance de recomeçar.
 
Eles voltam a se abraçar e Zhan relaxa a cabeça no ombro do mais velho. Durante toda a viagem de volta ele não conseguiu dormir ou descansar, a constatação de que poderia estar se apaixonando pelo ômega lhe acertou como um soco no estômago.
 
     Todos os sinais estavam lá e ter a certeza disso mexeu com ele. Diferente dos sentimentos que achou ter por Yifey, aquele calor que irradiava em seu peito era algo que ele nunca sentiu antes. E a reciprocidade do ômega naquele momento apenas lhe deu a certeza de que era um bom sentimento.
 
     — Vamos para casa, não vais se legal se alguém fotografar a gente assim. — disse segurando o rosto do rapaz e dando um beijo na ponta de seu nariz.
 
Eles seguem para a casa deles, no entanto,  agora existia um silêncio acolhedor e nada desconfortável.   Enquanto dirigia o alfa mantinha uma mão no volante e a outra segurando a mão de Xiao  Zhan. Nenhum dos dois quis falar nada, o momento era agradável e queriam apenas curtir o momento.
 
  Ao entrarem nas dependências de sua residência foram informados que naquela noite teriam um jantar formal em família.  Yibo enrijeceu seus músculos como se já esperasse e soubesse quem viria. Algo que não passou despercebido pelos olhos do ômega.
 
     — O que foi Yibo?
 
     — Nada, só não se esqueça do que conversamos agora pouco. — Yibo queria fazer as coisas certas dessa vez.
 
Só então perceberam que ainda estavam de mãos dadas.   
 
     — Nem você esqueça do que eu disse.
 
Depois, ambos seguiram para seus afazeres. Zhan continuou seus estudos sobre a monarquia enquanto Yibo estava no escritório do rei. Quando chegou a hora do jantar ele se sentiu um pouco nervoso, aquele seria seu primeiro jantar formal como membro da família real e não sabia quem eram os convidados. Quando o mais jovem saiu do banho já havia uma roupa perfeitamente alinhada sob o divã no closet. Uma camisa social cor vinho e calças risca de giz azul escuro, sapatos italianos e relógio suíço. O ômega revirou os olhos para tanto exagero, Cheng realmente caprichou na escolha pensou o rapaz, mas vestiu assim mesmo. Quando saiu do closet Yibo lhe aguardava e para sua surpresa, ele não usava uma roupa meramente parecida e sim uma completamente igual, em todos os detalhes.
 
     —  Roupas de casal? – ele perguntou e o outro apenas deu de ombros, de mãos dadas seguiram para a sala de jantar. Acompanhados pelos seus respectivos secretários eles trocavam olhares e sorrisos discretos, mas assim que entraram na sala de jantar o sorriso de Yibo sumiu dando lugar a uma carranca. Ele apertou a  mão de Zhan e o conduziu até a mesa.
 
         —  Boa noite à todos. - Menos para alguns. – ele pensou. O alfa puxou a cadeira para o marido sentar-se ao seu lado.
 
     — Ah que maravilha, minha família está toda reunida.  – Disse a Rainha-Mãe animada.  Era visível como a matriarca estava feliz com o evento. Zhan ainda se acomodava enquanto Yibo chamava a sua atenção.
 
  O alfa  sentou tão perto do esposo que parecia que eles estavam dividindo a mesma cadeira. O que causou um certo estranhamento em Zhan.
 
        —  Como vai príncipe Zhan?  - alguém perguntou e só então o jovem príncipe reconheceu a voz da pessoa que acabava de sentar à mesa.
 
        — YangYang ?
 
       —  Achei que não tinha me visto. – ele brinca sem desviar os olhos do ômega.
 
       —  Desculpe, eu não te reconheci. Você mudou o cabelo. – Zhan diz Ao perceber que o amigo não tinha mais o cabelo longo e nem o corte “estilo samurai", agora ele trajava um cabelo castanho escuro e um simples corte cogumelo mais social.
 
       — Você gostou?  Ficou bom? – ele diz passando a mão pelos cabelos recém cortados. — Fiquei bonito?
 
       — Combinou com você. Agora você já não se destaca na multidão.
 
       — Ah, Você já conhece o príncipe Yang ? – Perguntou a senhora.
 
       —  Sim majestade,  estamos no mesmo curso na Universidade.
 
       —  Que coincidência. Fico tão feliz em ver que já fizeram amizade. Meu neto mais jovem morou fora por muito tempo é muito bom que ele esteja de volta.
 
       — Tenho lá minhas dúvidas. – esbravejou Yibo de maneira baixa.
 
       —  O que dizer alteza? – provocou YangYang.
 
        — Eu não disse nada.
 
        —  Vocês não imaginam como eu estou feliz hoje. Vejam só, toda nossa família reunida, e principalmente agora que o Príncipe Yang e a Princesa Liang ( mãe do YangYang) aceitaram morar no palácio. 
 
No mesmo momento Yibo se engasga com o vinho que tomava e Zhan dava leve batidinhas em suas costas.
 
        —  Nós que agradecemos o convite vovó. Passamos tantos anos morando fora que vai ser legal ter a família por perto. – YangYang dizia cada palavra olhando diretamente para Yibo.
 
 A tensão entre os dois eram tão grande que Zhan não conseguia entender como com outros não percebiam, e o pior era não saber a exata razão para toda aquela situação.
 
        —  Vocês poderiam ficar na casa Tulipa¹. Ele foi recém restaurada então vocês ficariam mais confortáveis lá. – disse a rainha, a mãe de Yibo indicou a residência que ficava mais distante das outras residências oficiais.
 
        —  Eu agradeço sua preocupação rainha Mei, mas acredito que a casa Lírio é mais adequada, é menor é mais aconchegante. ( e mais próxima da casa de Yibo e Zhan).
 
    ( N/a: Todas as residências  dentro das terras do Palácio de Lótus são nomeados com os nomes das flores preferidas da avó de Yibo)
 
       — Se assim que desejam. O importante é que se sintam em casa.
 
       — Já me sinto, todos são tão acolhedores.
 
      — Depois que deixarem aquele quarto de hotel venham imediatamente para o Palácio. – ordenou a Rainha-Mãe.
   
      — Claro que sim, vovó.
 
       Durante todo o jantar Yibo  e YangYang se alfinetavam de maneira velada dos mais velhos, Zhan tentava apenas manter o ambiente o mais amigável possível e a Rainha-Mãe parecia realmente está feliz com todos reunidos. Assim que o jantar se encerrou todos foram para a varanda onde continuaram a conversar e o príncipe Yibo dizia está cansado da viagem e que iria repousar, Zhan o acompanhou apenas porque notou que se ficasse ali provavelmente eles discutiriam depois por causa da presença do outro lupino.

The Promisse (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora