Ele o amou, mesmo quando soube que Jiang Cheng o queria longe.
Ele o protegeu, mesmo quando o mundo da cultivação queria matá-lo.
Ele buscou seus resquícios, mesmo quando sua alma já se encontrava perdida e quebrada em algum lugar desconhecido.
Ele...
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• Contagem de palavras: 2156.
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Era noite na Colina Sepultura, mas na caverna em que o Jiang habitava tudo estava clara como se fosse dia, lanternas e velas acesas por toda parte. Era como se ele odiasse estar no escuro.
Lan Xichen o acompanhou e durante toda a tarde ele ficou pensando sobre o que tinha visto, sobre Wen Qing. Todos os Wens a receberam tão bem, alguns choraram, e Wen Ning a seguia por todo lugar.
— Você está feliz vivendo aqui? — o Lan perguntou de repente, ele estava se sentindo tão desconcertado. Não é que o ambiente fosse ruim, na verdade faltava "conforto", porém de alguma forma, havia uma sensação nostálgica de estar em um lar, as pessoas eram calorosas e aconchegantes.
Jiang Cheng sorriu levemente e assentiu.
Lan Xichen queria perguntar se o Jiang gostaria que ele tocasse algumas melodias para acalmar sua mente, mas temia iniciar alguma discussão, e tudo parecia estar tão bem, que chegava ser assustador.
— ... Hoje mais cedo... você... Hum...
— Está querendo saber se sou capaz de mantê-la sob controle? — perguntou o Jiang, logo franziu o cenho e cruzou os braços fazendo uma pequena carranca. Por que Lan Xichen também duvidava de si? Por que não poderiam continuar com a conversa amigável? Por que aquele assunto tinha que vir? Por que quando Lan Xichen o olhava o Jiang sentia uma sensação constante de insuficiência?
Jiang Cheng sabia que de alguma forma, seu amor por Lan Xichen só aumentava, só não sabia se isso o deixava irritado ou assustado, pois mesmo sendo o poderoso Dìyù quǎn, seu poder não vinha de si próprio, ele seria capaz de proteger Lan Xichen, seus irmãos, sua seita e seu filho? Se um dia sua mente fosse consumida pela maldade?
E se um dia ele se sucumbisse a maldade e ferisse-o?
Era doloroso pensar sobre isso, pois em algum lugar dentro de si havia o medo constante de que ele realmente poderia perder o controle e machucá-los. Enquanto ele não procurasse meios de conseguir um núcleo, sua vida sempre continuaria daquela forma, e essa insegurança que guardava apenas para si, permaneceria.
— E se ela ficar daquela maneira novamente? E se você não estiver perto? — o Lan perguntou enquanto segurava firme sua espada. — Você quer ir...
— Que diabos Zewu-jun! Você veio aqui para me questionar? Eu não vou perder a porra do controle, nem dela, e nem o meu. Será que não posso viver em paz? Pensei que todas as pessoas me questionando estaria bom, contanto que você não fizesse o mesmo - o Jiang disse firmemente com uma pontinha de tristeza.
— Por que me trata desta forma? Eu só quero saber quando vai parar com esse método de cultivo... Você planeja continuar neste caminho? Uma vez me disse que quando a campanha acabasse... — o Lan disse mas foi cortado pela voz fria e rígida de Jiang Cheng.
