Eu odeio, odeio minha vida. Tudo o que meu pai sabe fazer é dizer: Faça isso... faça aquilo!
Mas eu tenho uma idéia. Uma grande idéia.
- Não, não, não! - grita um voz de uma velha.
- Mas porque sua bruxa velha!? - Grita uma voz de uma menina.
- Agora que não vou fazer mesmo!
A garota pensa um pouco.
- Mas tão poderosa como você é isso não seria nada. Seria?
- Não... seria moleza.
- Então... será que poderia fazer isso por mim?
- Você me convenceu.
- Então...
- Eu vou fazer. Você ganhou.
- Eba!
- A meia noite o feitiço se realizará.
A garota vai embora dizendo:
- Valeu, bruxa velha!
- Ei!
A garota vai para casa, deita na cama e pensa: Não vejo a hora! Não vejo a hora!
E quando dá meia noite ela vai ao quarto do pai e vê que ele está lá.
Ela pensa: Aquela bruxa velha! Ela faz um feitiço que não serve pra nada!
A garota volta para o quarto dela e vê um garoto com asas negras e grita: Demônio!!!!
Ela sai correndo pela casa.
O garoto diz:
- Espera.
Para todo lugar que ela corria ele aparecia na frente dela. Até que ela cansou e disse:
- Desisto. Você ganhou.
- Por que estava correndo, mestra?
- Por que você é um demônio... espera aí, você me chamou de mestra?
- Foi você que me invocou.
- Eu te invoquei...
A garota pensou: Aquela bruxa velha!
- Não me chame de mestra. Me chame pelo meu nome.
- Qual o seu nome, mestra?
- Eu acabei de dizer para não me chamar de mestra... Mas voltando pro assunto... Meu nome é Alice. E o seu?
- Meu nome?
- É.
- Meu nome...
- Você... não sabe seu nome?
- Não...
- Pode ser qualquer um.
- Me chame do que quiser, mestra.
- Vamos ver... Takeru!
- Takeru?
- É. Seu nome.
- Takeru... gostei.
