Era mês de Halloween quando Sakura flagrou o até então marido em sua própria cama com uma secretária vinte anos mais nova.
Também foi no Halloween que ela se viu sem a guarda dos três filhos, numa casa que em seguida também lhe seria usurpada.
Embor...
HAPPY HALLOWEEN, MEUS AMOREEEEES! Só pra quem sabe o quanto esse mês de outubro foi um verdadeiro terror pra muita gente, vai sentir como é gostoso dar aquela suspendida na realidade e se divertir com uma leiturinha (mais ou menos) leve, não é? Pensando nisso, eu até tentei fazer essa fic (pequena) e mais divertida, mas nem vou cansar os olhos de vcs explicando que, basicamente, não deu certo. Outra oneshot que cresceu mais do que devia, os caps que já tenho são grandes, pois é, não está completa, mas pretendo condensar em caps graúdos não ousando passar de dez caps. É isso, espero que se divirtam e se apaixonem por SasuSaku de novo como eu sempre me apaixono <3
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"Você teve o meu coração na palma da sua mão
E você brincou com ele, no ritmo da música"
Adele - Rolling in the Deep.
Sakura acordou numa agradável manhã de outono, sentindo a frieza que vinha da janela, ao longe poderia ouvir o tinir da sineta da bicicleta do jornaleiro.
Lágrimas já estavam já estavam prontas em seus olhos, no primeiro segundo que sua mente retornou à realidade. Era outro primeiro de outubro, e nenhuma das suas crianças descia daquelas escadas correndo, rindo, brigando. Se subisse, elas não estariam em suas camas, tampouco.
Só havia silêncio, ele a matava a cada segundo.
Levantando-se, olhou para os pés, brancos e gelados pousados no tapete da sala que mais parecia um pequeno apartamento habitado por um garoto de trinta anos que desistiu da vida real pela virtual.
Embalagens de comida pela cozinha, roupas espalhadas pela sala, lavanderia e o quartinho de empregada. A dispensa estava vazia de novo, e ela estava cansada de ir ao mercado, fingir que estava bem fazendo suas compras do mês com o dinheiro da pensão, vivendo na casa que recebeu na separação porque estava cansada de parecer patética na frente das pessoas.
De pé, ela foi até o apertado banheiro, sempre que tomava banho e se penteava com pressa ao ponto de bater o braço numa parede ou na porta do armarinho ela tinha uma imensa vontade de largar esse lugar, subir aquelas escadas, seguir pelo corredor, adentrar seu quarto ver Gaara metendo numa magricela com idade para ser filha deles e ir direto para o banheiro vomitar tudo o que tinha no estomago até sentir que seu coração desceria pelo ralo enquanto tinha o pior ataque de risos histéricos que já teve na vida.
Tudo se repetindo como num filme, e parecia mais real toda vez que as folhas começavam a cair por culpa do outono.
Então ela passou um ano inteiro vivendo no quarto de hóspedes, tentando viver uma vida normal enquanto ignorava parte da sua própria. Até aparentemente mesmo sua filha achar que estava sendo fresca e dizer diante a Juíza de Custódia que: estava cansada de viver com alguém que existia para chorar todos os dias.
