Capítulo Único

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O grifo sobrevoava de maneira calma as terras do reino doce, engolindo de vez em quando insetos em sua frente. Sobre suas costas levava duas pessoas extremamente nervosas, uma mais que a outra; um deles sendo seu criador e o outro seu novo dono. Pousou na entrada de um orfanato onde uma moça de pele rosa assim como seus cabelos e roupas os aguardavam, assim que as duas figuras desceram de suas costas o grifo tomou voou procurando algum lugar para descansar.

Esfregando as mãos freneticamente na calça Zéfir tentava espantar o nervosismo, embora de maneira falha, Fern notando o desconforto do marido segurou uma de suas mãos a acariciando enquanto ambos se aproximavam de Jujuba. Também estava apreensivo com tudo aquilo, porém tentava não transparece demostrando calmaria e confiança tanto para si quando para Zéfir que tinha dificuldades em esconder o que sentia.

- Que bom que chegaram. - saudou Jujuba os abraçando.

Zéfir e Fern a cumprimentaram de volta

- Acho que chegamos um pouco mais cedo que o combinado. - comentou Fern.

- Tudo bem, eu sei que devem estarem ansiosos para conhecerem a futura menina de vocês. - disse Jujuba.

- Ah! Você não faz ideia. Eu quase não conseguir dormir de tanta emoção. - disse Zéfir - Y como esta ella?

- Ela está bem. Mas que tal entramos primeiro. - disse sinalizando para um dos guardas bananas abrir a porta - Preciso que vejam a ficha dela, e se tudo estiver de acordo poderão vê-la.

Adentraram o grande portão feito de doce. Várias crianças brincavam de um lado para o outro, correndo sem parar pelo grande pátio. Algumas os observavam com expectativa na esperança de serem adotadas, Zéfir parava de vez em quando para acariciar uma ou outra criança. O elemental sabia como era está no lugar delas, por muito tempo também ficou sem família, e compreendia mais do que qualquer um o quando a falta de afeto ou sentimento de rejeição pôde fazer com uma pessoa.
Moveu as mãos para cima criando pequenos dragões de vento, que sobrevoaram por todo o pátio, surpreendendo as crianças. Risadas ecoaram por todo o ambiente.

[...]

A sala a qual estavam era aconchegante. Uma sala grande com vários quatros de crianças pendurados em uma única parede. Fern supôs de serem das crianças que eram adotadas. O ambiente era composto de dois grandes sofás, - extremamente macios - uma mesinha de centro que ficava entre os sofás com um pequeno vaso de planta - habilitado por um caquito - e várias estantes enfeitadas com livros. Havia também um grande armário, em um canto mais afastado. Jujuba se aproximou do armário o abrindo, revelando vários documentos arrumados em ordem alfabética. Retirou um da fileira 'E'.

A princesa sentou-se ficando de frente para o casal. Abriu a pasta os entregando cópias dos documentos para cada um. Fern e Zéfir leram em silêncio.

- Então gente, como podem ver. Edith tem apenas três anos de idade e sua espécie e de uma ninfa. Ela tem alergia a ovo e sofre de surdez no lado direito do ouvido. - retirou outro papel de dentro da pasta - Essa é a mãe biológica da Edith, seu nome é Denise.

- Por qual motivo ela deixou a filha aqui? E pela foto Edith não se parece com as outras ninfas que já conheci. - disse Zéfir intrigado.

- Isso é pelo fato do pai biológico não ser da mesma espécie. Quando Edith chegou aqui eu fui em busca do paradeiro dos pais dela. As outras ninfas apenas me informaram que a crianças era filha de uma amiga delas com um bruxo qualquer, elas também me falaram que a mãe e conhecida por ser inconsequente.

- Não é a toa pelo visto. - disse Fern.

- Concordo. Uma coisa importante que queria dizer para vocês é que, Edith ainda lembra da mãe então costuma não se abrir de primeira para as pessoas. Então se vocês realmente quiserem adotar ela peço que sejam pacientes.

Edith Onde histórias criam vida. Descubra agora