Lovey Dovey

Chapter Nineteen

Big Naughty

O cheiro de maconha misturado com cigarro de menta estava por todo o lugar.

Lea parecia ter convidado toda a escola porque tinha muitas pessoas na sua casa.

—Lea, eu achei que era uma festa pequena, só alguns amigos. –Grito em seu ouvido, a garota dá de ombros, ela estava com uma garrafa de uísque nas mãos e seus olhos passeam pelo meu rosto, ela sorri e deposita um selinho em meus lábios

—Aproveita Dong. –Ela fala logo em seguida me dando ás costas me deixando ainda mais zonzo

—Amei seu cabelo. –Ela diz para Haechan aumentando ainda mais o ego do meu amigo

O que foi isso?

Ayana fala baixinho em meus ouvidos.

—Acho que você já ganhou o prêmio da noite.

Apenas assinto com a cabeça tentando entender o que havia acabado de acontecer.

[...]

O negócio sobre festas é que eu não sabia direito o que fazer, estava com uma garrafa de cerveja em mãos tentando dançar e parecer descolado ao lado de uma garota linda que estava chamando a atenção dos caras nesse lugar.

Notei os olhares de um garoto próximo a nós, ele não parava de olhar para a Ayana, ela não percebeu, estava tomando refrigerante e conversando com uma garota que elogiou sua maquiagem.

Eu queria tirar ela daqui,
Eu tinha que tomar coragem e convidá-la para dançar
Mas logo que a garota que conversava com a Ayana saiu e eu tentei a puxar para um local mais tranquilo, o cara de cabelos trançados aparece não sei de onde e começa a falar em seu ouvido, eu a vejo sorrir e a raiva percorre meu corpo

Que merda é essa

—Ele quer dançar, eu já volto. –Ela fala em meu ouvido e eu apenas assinto com a cabeça me sentindo um idiota

Perdi minha oportunidade,
Que merda
Merda

Eu a vejo seguir para um local mais afastado com o garoto que coloca as mãos em sua cintura, meu corpo enrijece, fecho os punhos e sinto uma vontade enorme de puxar Ayana para perto de mim e falar que eu gosto dela.

Errado,
Eu pareceria tão maluco quanto seu ex

O garoto era bonito e atlético, três vezes mais músculos que eu, tinha os cabelos trançados e a pele negra escura.

—Cara, você precisa beber. –Diz Paul tirando minha atenção do novo casal

—Preciso! –Digo sério tirando o uísque das mãos de Paul e bebendo.

—Aquela é a Ayana? –Paul fala olhando para a cena a nossa frente, os dois dançavam uma música do Sean Paul, o garoto sorria enquanto suas mãos deslizam na cintura da garota

—Por isso eu preciso beber, e muito. —Eu precisava esquecer a cena que acabei de assistir

—Porque você não convidou ela para dançar cara?

Sigo em direção a mesa com shots e bebo o primeiro.

—Porque eu sou um grande otário. –Falo decepcionado

—Você sabe que isso aqui. –Paul fala gritando em meu ouvido e aponta para o copo. —Não vai resolver nada, talvez piore

—Mas vai amenizar um pouco da dor, e no momento é isso que eu preciso.

Digo e bebo mais um shot de tequila

[...]

Eu não sei quantos shots eu bebi com Paul, mas foram muitos, tanto que perdi meu amigo de vista, eu estava tonto e com o estômago embrulhado, minha vista estava embaçada, tentava me equilibrar entre uma parede e outra, mas acabei esbarrando em alguém e tropeçando.

—Dong, você está bem?

—Ayana?

—Sim, sou eu, estou procurando por você. –Sua voz soou  preocupada.— Desculpa, eu fiquei conversando com o Benjamin, o cara que me tirou para dançar e depois fiz amizades com umas garotas e me perdi de você.

Apenas assinto com a cabeça.

—Eu preciso vomitar Ayana. –Falo e me apoio em seu ombro, ela me ajuda me levando para fora da casa

[...]

Eu não devia ter bebido,
Eu não sou bom em beber,
Mas tudo pode piorar e aqui estou no pátio da casa de Lea vomitando na frente da garota que eu sou apaixonado desde que cheguei nessa cidade.

—Desculpa Dong. Sério..

—Tudo bem. –Falo meio zonzo.— Você estava lá curtindo com aquele cara, não tem problema.

—Não, eu não fiquei com ele, ficamos conversando sobre relacionamento e depois partimos para um papo sobre questões raciais. —Ela fala firme.

—Não precisa me explicar nada Ayana, ele é seu tipo, bonito, atleta, parece ser um cara legal, nada esquisito como eu, porque sabe, eu sou o cara do pau pequeno. –Digo forçando um sorriso entre soluços

—Eu não estou te entendendo Dong? –Vejo as linhas enrugadas em sua testa

—Eu não sou atraente suficiente para você Ayana, eu não sou merda nenhuma. –Sorrio mas logo sou inundado por lágrimas que me fazem me sentir um merda, como eu sou, como todos falam e repetem

—Nem meu pai suportou ficar comigo, como você vai querer.

Solto as palavras como um tapa mudando sua expressão,
Caio no chão e começo a chorar
Eu sei, estraguei tudo

[...]

Continua...