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eu não consegui postar ontem, desculpem pelo atraso e boa leitura <3

Clarke

Como da primeira vez, a intenção do beijo é me punir. Mas, se outro beijo era uma testando a outra, este tem a ver com domínio. Lexa está ganhando. Minha mente sabe muito bem que invadi seu espaço e sua privacidade, e essa mulher ferida está tentando me ensinar algum tipo de lição com sua boca colada à minha.

De fato, é uma lição. Sobre desejo, principalmente. Porque, se minha cabeça registra que o beijo é feroz, meu corpo está sedento por ela. A sensação dos lábios de Lexa se esfregando grosseiramente contra os meus dispara uma série de fogos de artifício dentro de mim.

Seus dedos vão mais fundo em meus cabelos, enquanto sua outra mão enlaça minha cintura, me puxando para ela. O tecido fino da minha roupa não diminui a sensação de que estou encostando em seus seios fartos — que, por sinal, são ainda maiores que eu esperava. E ela é mais musculosa também, sei que está escuro, mas posso assegurar que é um belo de um tanquinho.

Mesmo quando eu e Bellamy estávamos na fase de descobrir as partes boas um do outro, na adolescência, nunca fui o que chamariam de fogosa. Talvez sensual num dia bom, com a lingerie certa e o cabelo brilhante. Mas nunca teve aquele tesão.

Nunca quis me perder em outra pessoa.

Só que agora não estou falando de qualquer pessoa, e sim de Lexa. A única mulher que eu absolutamente não deveria querer.

Mas é quem eu quero.

Sinto seus dedos pegarem meu cabelo com mais força, inclinando minha cabeça para trás, enquanto seus lábios passam da minha boca para a mandíbula. Seus dentes passeiam por ali antes que seus lábios desçam pelo meu pescoço. Eu não deveria deixá-la fazer isso. Não mesmo.

Em vez de afastá-la como meu cérebro manda, eu me ouço gemendo ao mesmo tempo que minhas mãos agarram seus ombros. Ela chupa a pele sensível da orelha antes de se afastar o suficiente pra me olhar.

"Me pede pra eu deixar você ir", Lexa diz.

Abro a boca, mas nenhuma palavra sai dela. Não quando estamos com os seios e os quadris colados um no outro, e meu pescoço ainda está molhado dos seus beijos. Suas sobrancelhas se levantam em uma constatação presunçosa.

"Não?", ela pergunta, com a voz áspera enquanto se inclina para morder meu lóbulo. "Gosta disso?"

Fico ofegante diante do encontro da sua língua com minha orelha.

"E disso?" Sua mão vai da minha cintura para os meus peitos, e o tecido fino da blusa é incapaz de esconder minha reação.

Ela sorri no meu pescoço, e eu a odeio por isso. Mas não tanto quanto odeio a mim mesma por não empurrá-la.

Deixo que enfie a mão sob a blusa pra agarrar meu peito, sentindo pele quente contra pele quente. Deixo que sua outra mão livre-se do meu cabelo para poder tocar no meu peito também, e ela passa os dedões sobre os mamilos, me deixando sem fôlego.

E então, que Deus me perdoe, quando sua boca volta à minha, eu a beijo como se estivesse faminta.

"Você me quer?", Lexa pergunta com a boca colada na minha. "Quer minhas mãos em você?"

Alarmes soam na minha cabeça. O tom com que fala essas palavras não possui nenhum afeto, nenhuma gentileza. Ela está fazendo alguma espécie de jogo cruel, usando meu corpo como tabuleiro. E eu estou disposta a participar.

As mãos de Lexa descem pela minha barriga, entrando no short antes de parar sobre o tecido fino e úmido da minha calcinha. Sua respiração fica mais pesada, e sei que está testando seus limites.

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