05 | ZERO TO ONE - Promise

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Bia Jung caminhava para a escola tentando por tudo esquecer aquele sonho, tanto que nem notou que bateu contra Wooyoung bem na entrada da universidade, e só viu que era ele quando levantou seu olhar.

O impacto não foi tão grande, mas o nariz da Jung mais nova doía um pouco, já que ela tinha embatido bem de frente contra o peitoral do mais velho.

— Está bem? — Ele perguntou, olhando-a.

— Estou sim.

— Bom dia.

— Bom dia. — Ela respondeu e seguiu caminho para dentro da universidade. Wooyoung era falar mais algo, mas acabou por não ter como, e então apenas entrou também, encontrando Choi San numa das mesas do campus, com um olhar triste, e olheiras notáveis.

— Oi. — Embora eles não se conhecessem tão bem como Wooyoung conhecia Hongjoong, ainda assim ele estava preocupado com o Choi, pois notava-se que ele não estava nem um pouco bem, e sua face explicava mais que bem isso. — Você está bem?

— Estou. Apenas não dormi bem a noite. Seu nome é Wooyoung, né? Minha memória está um pouco ruim, mas sei que você se dá com Hongjoong.

— Sou mesmo. Jung Wooyoung. — O Choi assentiu. — Quer remédio? Eu tenho na mochila.

— Eu já tomei, se não, não estaria aguentando aqui na universidade.

— Você também está com uma expressão triste, parece cabisbaixo.

— É porque eu estou. — Ele respirou fundo. — Eu escondi isto para Seonghwa ontem, não queria que ninguém soubesse, pois também, sempre foi escondido. — Ele encarava suas mãos, respirando fundo. — Terminei meu relacionamento.

— Nossa... — Wooyoung não esperava, ainda mais porque parecia que tinha havido um assunto realmente sério no término, pois San estava realmente cabisbaixo. — Eu posso desabafar com você com a condição de me prometer que não conta para ninguém? Você é o único que está sabendo que eu terminei meu relacionamento.

— Claro. Mas admito que eu não sabia que namorava.

— Ia fazer quatro anos. Mas nesses quatro anos eu vivi um inferno e nunca percebi. O amor cega as pessoas e nem nos apercebemos. O apego é tão forte que você não consegue deslargar, se sentindo culpado dia a dia por estar se submetendo a pensamentos fora do comum, sabendo que tudo isso não está certo, e a pessoa sabe que está errada, mas você continua ao lado da pessoa. Porque ama ela.

— Amor é uma coisa complicada.

— Tudo bem que durante um relacionamento temos altos e baixos. Mas amar dói. E eu nunca pensei que pudesse doer tanto ao ponto de eu me sentir culpado por ter me livrado de algo que me fazia mal. — As bochechas de San foram preenchidas por lágrimas. Wooyoung se sentiu tocado. Levantou-se e sentou-se perto dele, colocando a cabeça dele no seu ombro e fazendo carinho em seus cabelos.

— Está tudo bem. Homens também choram. — Ele falou, sentindo seus olhos marejarem por conta do desabafo dele. Realmente devia estar doendo nele. Wooyoung sentia isso. A dor de amar era bem dolorosa, embora ele nunca tenha passado nem um pouco do que o Choi falou.

— Sinto como se eu fosse o culpado. Mas eu sempre fui a vítima neste relacionamento. Mas eu amo ela. E odeio-me por isso. Sinto-me doente por amar alguém que me faz tão mal. — O Jung acabou lembrando-se de algo completamente fora do que pensava anteriormente, e isso tudo por conta da frase do Choi. Lembrou-se do livro "HALATEEZ — a verdadeira história dos Halateez" e como Jung WooYoung – sim, ele tinha o nome igualzinho ao do Jung – se sentia doente por amar a líder das crianças.

Halateez's Return | ateezOnde histórias criam vida. Descubra agora