Irmãos

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Marrywith contou a seus irmão todas as lembranças que tinha, desde o momento em que acordou em cárcere com o bispo Headmund, contou como o homem santo a ajudou e como foi sua primeira tentativa de fuga frustrada, contou sobre seu duelo com Hvitserk e sobre todas as suas tentativas de afastar os pagãos de Wessex.

-o ataque a Nurtúmbria foi ideia minha... - ela admite - eu tive que fazer isso, tinha que dar um jeito de tirar Wessex do foco... depois disso eles passaram a me ouvir mais, eles confiavam em mim, contanto que eu fizesse o que Ivar queria... mesmo assim, eu me arrependo de tanta coisa - Marry assume abraçando a si mesma

Ela não contou nada sobre sua intimidade com Ivar, nem pretendia, isso ela sabia que para os irmãos seria imperdoável, nada justificaria, por isso, a princesa se limitou apenas aos fatos menos íntimos.

-entendo - Alfred diz movendo a cabeça minimamente em positivo

-é um alívio que depois de tudo você ainda esteja viva - Aethelred diz e Marry sorri para ele

-Marry... - Alfred começa chamando a atenção dela - eu entendo e acredito na sua história, te conheço desde que você nasceu, sei que seu coração sempre esteve em Wessex... mas o povo realmente acredita na sua traição - ele suspira - ainda que eu seja rei e que a ultima palavra seja minha, eu não posso ir totalmente contra a vontade do povo, se não estarei instigando uma rebelião, preciso te levar a julgamento público

-tenho certeza de que o povo pedirá uma excecussão - Aethelred diz com tristeza

-eu também, mas isso não vai acontecer, eu estarei a seu favor, Marry - Alfred diz fitando a irmã - mas tenho certeza de que precisarei puni-la de alguma forma, isso será decidido em julgamento

-eu entendo... e aceito, eu mereço ser punida por todo o sangue de irmãos cristãos que ajudei a derramar pensando apenas em Wessex - ela assume e Alfred assente

-Irei providenciar esse julgamento em breve, por hora descance, está em casa agora, irmã

-obrigada, Irmão - Marrywith sorri

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Após deixarem as terras saxãs rumo a Kattegat, Ivar não abriu a boca, ele apenas se mantinha sentado na proa do barco observando o horizonte enquanto se perdia em lembranças.

desde que deixou Marrywith em Wessex ele não conseguia tira-la da cabeça, se perguntava se seu plano havia funcionado, se havia conseguido convencer os saxões, se perguntava se a princesa estava bem ou se havia se tornado prisioneira do seu próprio povo.

A cada instante o nórdico se auto repreendia tentando focar no que realmente importava, sua vingança, ele queria Lagertha morta, e sabia que apesar do tamanho de seu exército não seria suficiente para retomar Kattegat, por isso subitamente ele manda mudarem a direção do barco fazendo assim com que os outros barcos o seguissem, exceto o de Ubbe.

-mas o que ele está fazendo? Kattegat não fica naquela direção - ele comenta observando enquanto o irmão caçula e seus outros barcos mudavam de rota

-e desde quando os planos do Ivar são previsíveis meu amor? - Torvi comenta em uma pergunta retórica

-...tem razão, não sei por que eu insisto em tentar entender

Ubbe apenas segue seu caminho de volta para Kattegat.

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Naquela mesma noite, Marrywith seguia pelo castelo em direção ao seu quarto, a maior parte do tempo ela era escoltada por dois ou mais guardas como estava acontecendo naquele momento quando no meio do caminho a princesa cruza com Judith.

The Princess and the CrippleOnde histórias criam vida. Descubra agora