14 - Blazer

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Atualmente

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Atualmente.

Meus cinco cartões de crédito estão jogados na cama enquanto minha cabeça está enfiada no guarda-roupa.

— Eu não deveria ir — digo em voz alta. Todas as minhas roupas atuais estão muito usadas ou são simples demais para uma exposição de arte.

Me volto para a cama e olho para os cartões com pesar. Se eu comprar um vestido caro, posso parcelar em dois deles, cada um em três parcelas, assim não ficará tão pesado.

— Se eu não for, não preciso gastar — recordo. Só porque Peter pediu não quer dizer que eu deva prontamente atende-lo feito um cordeirinho.

Sou um lobo, uma loba, nada de cordeirinho. E uma loba iria nessa festa, usando o que tivesse de maia deslumbrante, e faria ele perder a cabeça só por diversão.

É... Uma loba pode fazer isso. Dou um sorriso com ideias se formando em minha cabeça.

Ainda faltam três dias, então tenho tempo de ir às compras depois de largar. Me acalmo, apesar de não transparecer, parece que me tornei uma pilha de nervos desde que conversamos.

A cada encontro que tenho com Peter ele me confunde ainda mais, é tão irritante a habilidade que ele tem de não ser coerente e fazer sentido da mesma maneira.

Não saber o que sente? Bobagem.

Só que uma parte minha, muito antiga, e que o havia conhecido bem, é ciente de que as emoções dele não funcionam como as de uma pessoa normal.

Peter definitivamente não é normal, e foi justamente isso que me atraiu na época, sua peculiaridade.

Quando eu disse que era apaixonada por ele no passado, sua expressão de choque foi algo inesperado. Pensei que fosse óbvio. Realmente pensei que ele tinha conhecimento disso na época. E, embora Peter saiba atuar bem, não acredito que tenha fingido não saber, ele não seria tão baixo.

Pego os cartões e os guardo na carteira também jogada sobre o colchão, agarro a alça da minha mochila que está no pé da cama e a coloco nas costas pronta para ir trabalhar.

Quando saio do quarto encontro Connor me esperando no sofá, com Beatrice.

Ela usa uma saia de couro vermelha, exibindo suas pernas bronzeadas cruzadas e majestosas. Nunca irei dizer em voz alta, mas amaria ter pernas tão longas.

— Beatrice — digo, sem animação. Antes que me notassem, pareciam estar falando sobre algo. O assunto morre assim que ambos me veem.

— Mary — jesus. — Saiu da última festa tão as pressas, o ambiente te deixou muito desconfortável?

Ergo uma sobrancelha em confusão.

— Sabe — continua. — Sei que não tá acostumada com luxo, é normal ficar deslocada em locais com tanta ostentação.

3 •Me Esqueça, Por Favor - Blue Sky CityOnde histórias criam vida. Descubra agora