Ser...

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É quarta feira a noite. Estou no meu quarto, deitado em minha cama, mechendo em meu celular, que fiz o Taehyung pegar para mim, como adianto da sua promessa. É início de mês, e falta muito pouco pra eu sair daqui.

-- A mamãe sabe que você está com o celular?__Yuna perguntou, sentada na beirada da minha cama, com as pernas cruzadas.

-- Ela não vai saber, se você não contar.

-- O que eu ganho com isso?

Desviei o meu olhar para ela, que sorriu, fingindo inocência.

-- Talvez um não exposed das suas idas as festas da Karen nas sextas-feiras?

Ela prendeu o lábio no outro, mania que ela tem quando alguém diz algo que ela não gosta, mas tem que concordar.

-- Tá! Você é chato, sabia?__ela bufou, eu ri.

Yuna é o tipo de pessoa que odeia escutar a verdade, quando não vem dela. A mimada adora ditar regras que convém para ela, e odeia saber que a outra pessoa está certa em algum ponto de vista, mesmo que seja individual, ela dúvida. Ela apareceu no meu dormitório, há mais ou mesmo vinte minutos atrás. Eu não entendi muito bem a sua ligação, já que normalmente, é minha mãe que aparece do nada para me dar sermão.

-- Me conte do seu dia. Como está indo as aulas?

-- Chatas.

-- Nada de bom aconteceu?

-- Não.

Ela bufa.

-- Bateu em mais alguém?

-- Não.

-- Conheceu alguém?

-- Sim.

-- Quem?

-- Pessoas.

Ela apertou o meu dedo mindinho do pé, eu urrei de dor.

-- Por quê fez isso, sua maluca?

Ela apontou para mim.

-- Você está me fazendo falar sozinha. Você sabe que eu odeio quando estou conversando com alguém, e a pessoa fica dando atenção ao celular. Me escute um pouco.

Além de mimada, é expansiva. O fato dela ser a filha mais nova, a faz ter certas colocações inadequadas sobre os outros. Não é porque estou mechendo no celular, que não ouço o que ela diz. Eu passei tanto tempo ser mexer nas minhas redes, que até me deu saudades de tomar uma boa dose de podridão do Twitter.

Olhei para ela, que está fazendo um bico, pidão. Eu bufei, e deixei o celular de lado, na cama. Ela sorriu, alegremente por isso.

-- Tá! Fala logo o que você quer!

-- Eu quero namorar.

Outro ponto importante, ela é bem direta. Quando éramos pequenos, sempre brincávamos juntos, e quando alguma merda acontecia, Yuna era sempre a primeira a contar, e usar dessa coragem incriminatoria ao seu favor. O que me ferrava na maioria das vezes. Porque a culpa de qualquer coisa que acontecia com ela, caía sobre mim, consequentemente, sempre.

-- Isso não é problema meu. __me levantei, e caminhei até o meu guarda roupa, de frente para ela.

-- Ah, qual é, Jungguk! Você sabe das regras, eu já tenho dezesseis anos.

-- Por isso mesmo. É muito nova para isso, esqueceu do que o Liul disse? Nada de namorar antes da faculdade. __me virei de costas, procurando um casaco amarelo e preto que ganhei da minha avó, semana passada.

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