Caos na U.S.J. (Parte 2)

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All Might dava passos lentos a frente, enquanto alguns alunos choravam aliviados.

— Está tudo bem agora, porque eu cheguei! — ele disse rasgando sua gravata.

— All Might… ele não está sorrindo — Izuku reparou, nunca havia presenciado esse ato, era até um pouco assustador.

— Estava te esperando, lixo da sociedade — Tomura se levantou olhando para All Might na entrada.

— É a primeira vez que vejo o All Might em pessoa… — um dos capangas de Shigaraki comentou amedrontado.

Antes de outro vilão dizer algo, All Might foi até Eraserhead caído em uma velocidade impressionante, derrotando os vilões que estavam no caminho.

— Desculpe, Eraser — o símbolo da paz disse pegando o moreno no colo. Ele olha em direção aos outros, confuso pelo fato de Izuku ter sido atacado. Na mesma velocidade, o loiro tira Izuku das mãos do nomu, segura Shinsou e Tsuyu e os colocam longe dali, isso fez com que a mão do rosto de Shigaraki caísse — Vão para a entrada. Vou deixar o Aizawa com vocês, ele está inconsciente, vão depressa.

— Tá — Shinsou assentiu mais aliviado por eles serem tirados dali, porém continuava preocupado com a situação de seu pai.

— Não, não, não dá. Me desculpe, pai — o de cabelos azuis disse pegando a mão do chão rapidamente, a colocando no rosto de novo — É rápido, não consigo o acompanhar com os olhos, mas não tão rápido quanto eu pensava. Acho que é verdade, o boato dele estar enfraquecendo.

Izuku colocou Eraser em suas costas, estava pensando demais. Se recusava a seguir a ordem de All Might, mas Eraserhead precisava de ajuda, precisava ser levado para um hospital o mais rápido possível, precisava salvar aquele que impediu os outros de o usar, de o matar. Os três adolescentes andavam o mais rápido o possível até a entrada. Então era verdade, sua mãe e irmão não tinham o mínimo de intenção de salvá-lo… Como era idiota, por que sua mãe o salvaria? Era má e pouco se importava com a vida alheia, mas até com seu filho? Não podia ter o mínimo de instinto materno, não podia ter consideração, ao menos, bancar um pouco de heroína e salvar a pessoa que ela pôs ao mundo? Izuku estava perdido, não havia fugido com esperança que ela viria atrás de si, que tentaria resgatar seu filho mais novo e único filho biológico, mas o que ganhou foi seu irmão o contando que sua mãe sequer se importava e que seu pai sequer sabia sobre a situação. Será que seu pai também não se importava ou sua mãe estava o enrolando para não o tirar dali? Sentia-se tolo, como se fosse uma criança ingênua novamente. De 1001 dúvidas, só havia a resposta de uma… sua mãe não se importava consigo, nunca se importou, era ingênuo em pensar o contrário, que ela realmente viria, porém, ainda haviam 1000 perguntas e dúvidas a serem respondidas.

— Andem mais rápido, porra, parecem até que vocês que levaram um soco daquele bicho na barriga e agora tão carregando um corpo — Izuku disse alto, estava desesperado, mais do que deceria, mais até do que queria estar.

— Por que está assim? Parece até que é seu pai que está praticamente morto — Shinsou retrucou no mesmo tom.

— Foda-se, esse é o mínimo que posso fazer por ele não ter me deixado nas mãos das pessoas que mais odeio — admitiu ansioso, então olhou para All Might e o Nomu, vendo o nomu dentro dos portais de Kurogiri, com metade de seu corpo gongelado, dos pés a cabeça. Perto ali estavam Shoto, Kirishima e Bakugou. Izuku murmurou baixo — O que aquele retardado tá fazendo ali? Ele vai se encrencar se Kurogiri o reconhecer, sorte que Tomura nunca prestou muita atenção…

— O que disse, Midoriya? — Shinsou perguntou curioso, queria saber o que se passava na cabeça do vilão naquele momento.

— Nada, nada — Izuku disse subindo a escada que levava a entrada no lugar, onde Treze também estava inconsciente no chão — Alguém sabe se a porra dos outros heróis já estão chegando? Se o professor continuar sem atendimento médico, ele vai morrer e, pelo que vejo, a Treze também.

Minha SalvaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora