único

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Notas Iniciais: Antes de mais nada, queria agradecer o feedback de vocês, eu n posso tá respondendo, mas estou lendo e morro de rir com a reação de vcs. Muito obrigada mesmo!!! O suporte de vcs aqui é mt importante para mim. Fiquem com essa comédia que eu fiz num cenário em que Zoro e Sanji são ricos (coisa rara no meu headcanon kkkk)



O amigo do pai de Zoro pediu para que recebessem seu filho por um tempo. Ele sairia da França e iria para o interior da Inglaterra, onde ficavam as propriedades da família Roronoa. Zoro nem foi contra essa ideia, porque era comum vir visitas no verão, havia até mesmo um quarto separado só pra isso. Verão passado um senhor americano que só andava de sunga ficou um tempo por lá, mas esse ano viria alguém da sua idade. Isso era novidade.

Antes de descer no andar de baixo, deu uma olhada em seu quarto. Parado no batente, pensou que estava cansado de todo aquele luxo de sua família. Zoro apenas queria ser um adolescente ordinário e que vivesse em Londres, trabalhando em alguma fábrica exploradora. Pelo menos, a esgrima lhe dava um suor, se forçasse mais a mente, até se veria coberto de graxa e fuligem.

Com certeza o garoto que viria era só um filhinho de papai.

E era.

Sanji era muito polido. Uma franja loira teimava em cair no seu olho esquerdo, mas o cabelo não era desgrenhado, talvez caísse para um lado por ser sedoso demais — Diferente do seu, que era arrepiado e brutalmente esverdeado — e nem mesmo a sobrancelha enrolada lhe tirava do contexto, era um rapaz bonito.

Parecia um anjo.

Por isso Zoro decidiu ser um demônio. Ainda mais depois dos constantes elogios que seu pai dava para a visita, sempre a comparando com o seu filho. "Zoro, por que você não pode ser como Sanji?" ou "Zoro, por que você não pode tomar banho todos os dias como qualquer mortal?" isso lhe dava uma raiva sem igual e ele percebeu a feição descontente do loiro, era satisfatório no final do dia ver Sanji com seus olhos azuis cravados nele como se estivessem jogando uma praga. Zoro costumava dar a língua, Sanji revirava os olhos em resposta.

— Você é muito infantil.

Disse Sanji uma vez, depois de passearem a cavalo. Zoro havia deixado o instrutor doido por ter saído correndo com o seu, enquanto tentava ficar de pé. Obviamente, queria se mostrar para sua ilustre visita, mostrar o que podia e sabia fazer. Tinha certeza que Sanji não tinha tal coragem.

— Fazendo essas coisas... se acontecer algo contigo, o instrutor perde o emprego. — Disse levando o seu cavalo até o estábulo.

Zoro estreitou os olhos com o que ouviu. — E você se importa?

— Mais do que você. — Respondeu, seco.

Aquilo ficou na mente de Zoro, realmente nunca olhou nesse ponto de vista, mas bufou e se virou de lado na cama para fazer o que tanto amava: dormir.

Naquela manhã, receberia visita de uma garotinha chamada Tama e depois de se perder na sua própria mansão, se encontrou com ela para comer na mesa de jantar. Assim que se aproximava, a viu sorrindo encantadoramente. Correu os olhos nos outros assentos e não viu nem sombra do sobrancelha enrolada.

— Bom dia, Zoro!! — Disse a menina com um enorme sorriso. Tama era da família do lado e passava muitas horas com os Roronoa.

— Bom dia, Tama! — Sentou-se. — Como vai?

A garota comia um bolinho com uma cereja no topo. — Estou chateada.

— Do quê? — Perguntou depois de coçar um dos olhos e resolver pegar algo menos doce possível.

O francêsOnde histórias criam vida. Descubra agora