A Madre Superiora

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Oi, oi, minha leitora!!! Tudo bem?

Sumi por um tempo, mas trago aqui para você mais uma one-shot (por hoje). "A dançaria" continuará em um capítulo separado para uma possível continuação, mas todas minhas one-shots ficarão aqui, atualizarei sempre que possível!

Bom, acho que é isso, me perdoe por qualquer erro, boa leitura e até lá embaixo!!!!

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- Achei que voltaria só depois de amanhã, Madre! - Maiara questionou vendo a porta do escritório do convento ser aberta de forma apressada. Encarou a irmã gêmea que colocou uma pequena mala de tecido no chão sorrindo para ela.

- Bom, eu decidi vir de avião. - sorriu desconcertada andando até a freira sentada em sua cadeira digitando algo no notebook do escritório.

- Avião? Conta outra, Maraisa. - Maiara riu baixo buscando algum traço de descontração no rosto da outra Carla. Tendo claro sucesso em falhar na busca. - Oh, você num avião? Se não fosse você mesma me contando com certeza eu não acreditaria... por que não esperou a Van ficar pronta, Isa? - Maiara fechou o computador dedicando a atenção na conversa com a irmã.

- Prioridades, Maiara, precisava voltar, só isso! - confessou sem pensar muito, recebendo um olhar avaliativo da irmã. - Tenho meus afazeres aqui como Madre, não posso deixar todas as minhas responsabilidades com você por um simples medo de avião. - se auto corrigiu imediatamente. - Onde estão as outras? - perguntou olhando para o relógio redondo, preso na parede atrás de sua mesa, que marcava 16:15h.

- No jardim, venha, vou fechar a capela! - ambas seguiram lado a lado até o grande jardim onde todas as irmãs se reuniam para atividades livres aos domingos. Maraisa procurou uma figura conhecida por entre os rostos ali presentes não achando o par de olhos amêndoas que tanto ansiava ver.

- Onde está Marília? - a pergunta escapou de Maraisa sem que ela pudesse controlar. Maiara deu de ombros, não notando nada anormal na pergunta. - Deixa que eu fecho a capela! - tomou o molho de chaves da mão da gêmea, seguindo a passos largos por entre os corredores do convento, podendo aproveitar para procurar a noviça pelo caminho. Chegou a porta semi aberta da capela passando por entre o vão sem fazer barulho, abaixou-se tirando os sapatos os colocando ao rodapé próximo a porta, paralelos a outro par posto ali. Subiu o olhar até às primeiras fileiras de bancos do local, vendo uma noviça compenetrada em sua oração.

Maraisa analisou o corpo ajoelhado e de mãos juntas à frente do rosto, os cotovelos apoiados no encosto do banco à sua frente, reconheceria aquela mulher, mesmo ela de costas. Varreu com os olhos todo o salão da capela, apenas por confirmar que estavam sozinhas, empurrou com cautela a porta de madeira escura e polida da "igreja menor", procurou no molho em sua mão a chave daquela porta, achando com facilidade, rodou a chave na fechadura, trancando o lugar. Se virou novamente para a moça, que não havia mexido um único músculo desde a última vez que olhara, estava realmente concentrada. Deixou a chave na mesa, que servia como velário, perto da porta e andou da maneira mais silenciosa possível até o banco no qual Marília se sentaria ao levantar, sentou-se, e inclinou-se próxima a garota.

- Rezando muito, Marilia? - a Madre sussurrou próximo ao ouvido de Marília, que segurou um gritinho assustado, se contentando em colocar a mão direita sobre o coração, sentindo os batimentos cardíacos acelerados. - Como deve ser pecadora, hum? - ainda sussurrando Maraisa ajeitou a corneta branca da mais nova, que havia lhe coberto parcialmente seu rosto pela virada brusca. - Qual dos mandamentos você desobedeceu, posso saber? - acariciou com suavidade, usando os nós dos dedos, a bochecha da jovem, observando como sua pele era muito pálida em comparação a da noviça. - Seus joelhos não doem com a penitência, Marília?

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⏰ Última atualização: May 01, 2023 ⏰

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