Sinopse - Se não fosse tão tarde
Às vezes a decepção de uma amizade pode machucar mais que a decepção de um amor. Como eu descobri isso? Quando briguei com o meu melhor amigo, foi como ficar sem um chão, sem suporte. Como se eu estivesse abandonada...
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Hoje eu pensei em você
Em como éramos tão próximos
Por que que eu fui me apaixonar por você?
Talvez se eu não tivesse
Ainda estaríamos aqui
[...]
Por — Sakura Haruno
— Olha quem chegou — Hinata dizia-me enquanto minha atenção era voltada para o meu celular. Quando me virei, meus olhos se encontraram com os daquele babaca. Fechei a cara e meus olhos se encontraram marejados. Ele chegava como se nada tivesse acontecido, cumprimentando Shikamaru que estava do meu lado e passando reto por mim. Okay, aquilo doeu!
— Não nos falamos mais. — Como falar aquilo era estranho. Tudo que se referia a ele estava estranho pra caralho.
— Desculpe-me, eu tinha esquecido… Está sentindo falta dele, Saky? Por isso anda estranha assim? — Hinata, atenciosa como sempre, perguntou. Eu me ajeitei no banco e suspirei. Se eu sentia falta dele? Pra caralho! Ele sempre foi a pessoa que eu mais confiei, mas depois do que ocorreu, eu me senti traída demais para continuar com qualquer contato.
— Hinata, por favor. Conversamos sobre isso depois — disse e ela pôde ver que eu fiquei bem abalada, tanto que assentiu e se levantou, saindo com Naruto, seu namorado.
Fiquei sozinha no banco, já que Shikamaru foi chamado para conversar com ele, e bom… eu não iria até lá.
As pessoas estavam olhando para nós dois com a cara fechada, provavelmente estranhando o fato de estarmos afastados, já que vivíamos grudados como dois chicletes.
Só que eles não sabem da história toda, e provavelmente querem saber. Eu os conheço, são fofoqueiros.
Puxei meus fones e liguei na primeira música que me veio à mente, pois ando me despedaçando por causa disso.
Sabe, Sasuke, na minha opinião, é a melhor pessoa do mundo. Era meu melhor amigo e eu era a melhor amiga dele, aquela que ele dizia nunca trocar por ninguém, isso até uma semana atrás.
Sempre fomos inseparáveis afinal: éramos nós contra o mundo. Mas ele era amigo de Karin; eu e ela já chegamos na fase de sermos muito amigas, o suficiente para eu a chamar de melhor amiga e não a trocar por nada nem ninguém.
Porém, algumas desavenças aconteceram e minha mãe ficou muito magoada com o que ela me fez. Ela foi a primeira — e única — amizade que minha mãe realmente me proibiu de ter. Não entendam mal, minha mãe é liberal, confia em mim com unhas e dentes, mas é que realmente ela não gostou do que Karin me fez.
