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Observo Nina entrar no barzinho de beira de estrada e escolher uma mesa isolada na lateral do prédio

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Observo Nina entrar no barzinho de beira de estrada e escolher uma mesa isolada na lateral do prédio. Pensar que ela conhece essa mulher que poderá me levar ao homem que matou o meu pai me faz pensar nas palavras de Isis dentro do escritório da minha casa. Nina tem se mostrado digna de minha confiança em poucos dias. Isso é assustador, mas por algum motivo eu confio plenamente nela. Olho o relógio em meu pulso. Iolanda está atrasada cerca de dez minutos. Contudo, três mesas a frente de Nina e um pouco afastado têm dois homens meus preparados para aborda a senhora sofisticada e trazê-la para o meu carro. Teremos uma conversa bem interessante e eu espero ter a sua colaboração. Entretanto, o meu alvo mesmo é atrair Gutemberg Massari para uma conversa um tanto intensa. Ergo os meus olhos para o retrovisor e fito a minha funcionária trombuda e com os olhos fixos na janela do carro, e me pergunto se ela está atenta no nosso alvo ou apenas na minha mulher. Isso me faz pensar n nossa conversa na noite passada em meu escritório.

— Thor, mandou me chamar? — Isis pergunta entrando no escritório de casa. Sei que ela é a minha melhor funcionária aqui e se que eu lhe pedisse qualquer coisa, não importa o que seja e nem a hora ela faria sem titubear. Mas o fato de Safira querer falar com ela antes da sua morte está me incomodando.

— Sim, entre. — O sorriso de satisfação me diz que ela espera algo que com certeza não lhe darei. Isis chega perto demais de mim e antes que ela levante os braços para me envolver, jogo a pergunta. — Eu estive no quartel general.

— E?

— Antes de falar comigo, a Safira exigiu ter uma conversa com você. O que ela teria para te dizer que não pudesse dizer para mim? — Ela faz um gesto desdenhoso e se afasta, desviando os seus olhos dos meus.

— Você sabe que sempre fomos boas amigas.

— Eu sei, mas por que...

— Talvez ela se sentisse mais confiante comigo por perto, ou quisesse pedir para eu interceder por ela com você. Ela sabia que estava fodida e que tinha feito merda. — Assinto.

— Talvez tenha razão.

— É claro que eu tenho. Você não pensou que eu...

— Eu só precisava ter certeza.

— Claro. — Olho para o meu relógio de pulso. Pelo tempo que Nina saiu a negociação já deve estar acabando.

— Estou com saudades. — Isis fala repentinamente, me fazendo olhá-la. — Não acredito que não sente falta de nós, dos nossos momentos.

— Não existe nós, Isis, nunca existiu de fato — retruco, mas ela parece não se importar. Então se aproxima ainda mais e eu recuo sentindo a minha mesa atrás de mim. — O que está fazendo, garota?

— Eu tenho sonhado conosco esses dias, sinto falta dos seus beijos... — À medida que fala, seu tom de voz se torna mais baixo, quase um sussurro e Isis envolve o meu pescoço com seus braços, beijando sutilmente os meus lábios. Seguro a sua cintura imediatamente para afastá-la e os seus olhos encontram os meus.

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